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O superintendente de negócios da Sabesp, Roberval Tavares, apresentou o plano de ação da autarquia em Mauá para os vereadores em encontro a portas fechadas que ocorreu nesta sexta-feira (8), no plenário da Câmara. Os investimentos serão de R$ 219 milhões em um contrato de 40 anos. Projeto autorizativo será votado na próxima semana.
A proposta apresentada é parecida com o que foi feito em Santo André. A dívida de R$ 3,2 bilhões será abatida ao longo do tempo do acordo. 4% do faturamento líquido da Sabesp na cidade serão repassados para um fundo de saneamento que será comandado pelo Poder Executivo. Em relação aos funcionários da Sama (Saneamento Ambiental de Mauá) terão estabilidade por três anos, mas após este período não foi apresentado qualquer plano de transferência ou de demissão voluntária para os concursados.
O projeto autorizativo para que a Prefeitura possa assinar o acordo será votado em duas sessões extraordinárias na próxima quinta-feira (14). No dia 29, haverá uma audiência pública para que estes mesmos dados sejam apresentados para a população. A expectativa é que o contrato seja assinado até o fim da primeira quinzena de dezembro.
O encontro desta sexta causou polêmica por não ter a presença da população, dos assessores dos vereadores e dos profissionais de imprensa que só souberam do conteúdo da reunião a partir de conversas com os legisladores. O sentimento é de “necessidade” da chegada da Sabesp na cidade, pois “não haverá água suficiente para o verão”, porém alguns vereadores já declaram seu voto contrário à proposta.
“Sabemos que existe uma necessidade na cidade, mas já digo que votarei contra o projeto, pois não há transparência em toda essa situação”, explicou Adelto Cachorrão (Avante).