O anuário Multi Cidades, realizado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) apontou que São Bernardo foi a cidade mais aumentou o investimento realizado no ano de 2018 e ocupa a 4º posição depois das capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. No comparativo com o ano anterior o aumento foi de 124,6%, passando de R$ 243,1 milhões em 2017 para R$ 546,1 milhões no ano seguinte. Mauá também teve um resultado positivo com crescimento de 104,4%. Os destaques negativos ficaram para Diadema (-50,8%) e Santo André (-14,5%).
São Bernardo apesar de mais do que dobrar a quantidade de investimentos, ainda está abaixo do investido na cidade nos anos de 2014 e 2015, R$ 588 milhões e R$ 580 milhões, respectivamente. A resposta para isso é a crise econômica que se agravou no período. A prefeitura informou através de nota que, em 2018, priorizou as obras de Mobilidade Urbana e Drenagem. “Entre as mais importantes estão a conclusão dos viadutos da Avenida Robert Kennedy, Castelo Branco e da Praça dos Bombeiros, bem como a do Piscinão do Paço. As obras do Hospital de Urgência também estão em fase final, com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2020. Os investimentos só foram possíveis por causa da política de redução de gastos, austeridade fiscal e combate à sonegação fiscal com equilíbrio das contas públicas adotadas pela atual gestão. Isso permitiu a melhora do rating do município, que passou de D- para A+, possibilitando a busca de parcerias com organismos internacionais de modo a implementar os investimentos”.
Os investimentos, conforme a própria prefeitura informa, melhorou a capacidade do município em obter crédito. O mesmo levantamento da FNP mostra que o endividamento das prefeituras também tem destaque para São Bernardo, que ficou em 5º em volume, ficando atrás apenas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. A dívida de São Bernardo em 2018 fechou em R$ 263 milhões, alta de 12,8% comparado com os R$ 233 milhões do ano anterior.
Diadema
Sobre o resultado negativo a prefeitura de Diadema informou por meio de nota que os números também são reflexos da queda de receita resultante da crise econômica. “Essa queda na receita também teve como causa o aumento do desemprego, o que fez com que muitas pessoas procurassem os serviços oferecidos pela Prefeitura. A diminuição da receita, que hoje representa uma queda de 20% comparada ao orçamento de 2012, coloca Diadema em situação de luta contínua para que a prioridade seja a manutenção dos serviços oferecidos à população. Além disso, nos últimos anos a administração municipal revisou e diminuiu contratos, enxugou gastos em setores menos prioritários, inclusive com publicidade, registra o maior número de servidores de carreira em cargos de chefia, diminuindo o número de cargos comissionados, e hoje trabalha fortemente no Plano de Desenvolvimento Econômico, que oferece uma série de incentivos para empresas que se instalarem na cidade. Diadema ainda oferece à população oportunidades para quitação de débitos com o município, buscando recuperar receita”, justificou.
Mauá
A prefeitura de Mauá comemorou os números e informou que eles são resultados do equilíbrio financeiro. “A Prefeitura de Mauá informa que recebe o levantamento Multi Cidades, da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) com satisfação quanto à política econômica adotada pelo atual governo, visando a ampliação de receitas, aprimoramento dos serviços públicos e geração de emprego à população. A administração municipal aplica uma política econômica voltada ao equilíbrio das finanças públicas e somada ao diálogo com a iniciativa privada, para o desenvolvimento do município, assim correspondendo ao aumento de 104,4% no volume de investimentos entre os exercícios 2017 e 2018, uma meta que será mantida para os próximos anos”, informou a administração em nota.
Dívidas
Os investimentos aumentaram em São Bernardo, mas isso também fez, conforme a própria prefeitura informa, melhorar a capacidade do município em obter crédito. O mesmo levantamento da FNP mostra que o endividamento das prefeituras também tem destaque para São Bernardo, que ficou em 5º em volume, ficando atrás apenas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. A dívida de São Bernardo em 2018 fechou em R$ 263 milhões, alta de 12,8% comparado com os R$ 233 milhões do ano anterior.
A dívida de Diadema, apesar da redução dos investimentos também cresceu. A alta foi de 25,1% entre 2017 e 2018, passando de R$ 49,2 milhões para R$ 61,6 milhões. O endividamento de Santo André foi o que teve maior aumento das cidades pesquisadas em todo país, 411,6%, passando de R$ 12,3 milhões para R$ 63,3 milhões. Em Mauá o endividamento subiu 13,3%.