A poucos dias da realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que ocorre em 3 e 10 de novembro, estudantes chegam à reta final da preparação para a prova. Métodos de estudo e controle do nervosismo são fatores importantes para quem concorre a uma vaga na universidade. Para saber como chegar confiante no dia da prova – mesmo quem deixou para estudar de última hora, veja as dicas de professor e estudantes, que explicam formas de se programar para o grande dia.
Para o professor Ademar Celedônio, diretor do SAS Plataforma de Educação, o maior erro que os alunos cometem na reta final de estudos é tentar aprender um conteúdo novo ou passar horas no estudo. “O momento deve ser utilizado para revisar e relaxar”, diz o professor.
Revisar os conteúdos que mais caem, resolver questões de provas anteriores e relembrar acontecimentos importantes do ano são os principais pontos, segundo Celedônio, para se sair bem no exame. “A prova do Enem já tem um padrão de conteúdos, então, em matemática não será surpresa encontrar questões de geometria, nem em língua portuguesa, questões que exigem interpretação”, explica.
Os simulados também são uma boa opção para quem deixou os estudos para última hora, conta o professor. “Simulados são frequentes na vida do aluno pré-universitário, mas o exercício contínuo sempre é bom, para que tenha uma boa adaptação à rotina do Enem”, explica. O professor ainda diz sobre possíveis temas da redação desta edição. “Assuntos ligados a datas fechadas são mais comuns em vestibulares tradicionais, mas temáticas já inseridas no dia a dia devem ser consideradas, como preocupação com o meio ambiente ou causas sociais”, comenta Celedônio.
Além do preparo com estudos, cuidar da saúde física e mental é considerado fator essencial. Dormir e se alimentar bem e de forma equilibrada para evitar mal-estar é indispensável. “Também vale se distrair com filmes com temática histórica ou cultural, assim criam repertório para as provas e deixam o estudo pesado de lado”, orienta.
Com participação em três edições do exame, desde 2016, a estudante de Ribeirão Pires, Julia Aguiar, 18, explica como se prepara para a prova que deixa muitos vestibulandos apreensivos. “Faço curso pré-vestibular à tarde e reviso as matérias durante a manhã. Quando chego, reservo mais três horas para estudar as matérias do dia. Faço bastante exercícios para fixar os assuntos”, diz.
Para não se estressar com a rotina de estudos, Júlia diz que também vale tirar momentos para relaxar. “Durante o tempo livre procuro não pensar na prova para não ficar ansiosa. Vejo documentários, leio livros e saio para me distrair”, conta.
Ao contrário de Julia, Maria Eduarda Neves, 17, estudante do terceiro ano do ensino médio, é pioneira no exame e deseja disputar uma vaga no curso de ciências econômicas, na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Durante o ano estudei em casa, por meio de um site com vídeo aula e exercícios, mas na reta final procuro focar em fazer provas das edições passadas para me habituar”, diz.
Outra preocupação dos candidatos é o tema da redação. Com várias possibilidades entre reforma da previdência, brexit e até o muro do Trump, os estudantes precisam estar preparados para qualquer uma das opções. “Faço uma redação por semana com temas antigos. Estudo com um livro de sociologia e filosofia para fugir da redação ‘padrão’ e leio redações de pessoas que tiraram nota máxima dos anos anteriores”, explica Julia. Maria Eduarda também segue um esquema para conseguir bom rendimento na escrita. “Aproveito os professores na escola e faço redações de diferentes temas para eles corrigirem, assim sei aonde estão os erros e acertos” acrescenta.