Menos de uma semana após a divulgação do protocolo de intenções da Sabesp para negociar com a Prefeitura de Mauá a concessão do serviço de distribuição de água na cidade, as duas partes se reuniram nesta quinta-feira (22), na Capital, para acertar o início das tratativas. A ideia da autarquia estadual é de fazer um contrato de 40 anos pelo serviço. Tal situação terá de passar pelo crivo dos vereadores, de forma parecida com o que ocorreu em Santo André.
Além da parceria de quatro décadas, as duas partes estudam os possíveis investimentos que serão realizados, além da suspensão da dívida que, segundo o superintendente de negócios da região sul da Sabesp, Roberval Tavares, em entrevista ao canal RDtv terça-feira (20), chegam a R$ 3,2 bilhões, assim sendo a maior dívida existente com a companhia de saneamento básico.
“Viemos aqui (na sede da Sabesp) em busca do melhor para o município. A população hoje sofre com a falta de água, porque a rede de distribuição está muito defasada e a perda é grande. Nossa prioridade com a concessão é resolver o problema”, disse a prefeita Alaíde Damo (MDB), em nota oficial.
“Estamos prontos para assumir a gestão de água de Mauá e fazer o melhor trabalho possível. Como a cidade já possui uma operadora de sistema de esgoto, nossa intenção é levar uma macro-operação de distribuição (de água)”, completou o presidente da Sabesp, Benedito Braga.
As duas partes também definiram os próximos passos sobre a proposta. A Prefeitura seguirá no encaminhamento para a apresentação do Plano Municipal de Saneamento, que será disponibilizado para consulta pública nos próximos dias, segundo a assessoria do Paço. A Sabesp fará a apresentação do primeiro modelo da minuta do contrato.
Não há data para assinatura do contrato, porém o caminho será o mesmo que ocorreu em Santo André com a entrega de parte dos serviços do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental). Antes da concessão será necessária a aprovação de projeto autorizativo na Câmara. Na sequência, uma audiência pública será realizada até que o acordo seja assinado. No caso andreense o processo durou cerca de cinco meses.
Em relação à Sama, a ideia é manter os funcionários, mas com uma mudança no objeto de funcionalidade de cada um dentro da autarquia. Não foi divulgado se haverá o empréstimo destes servidores em caso de futuras obras. Além de Alaíde, Braga e Tavares, participaram do encontro o secretário municipal de Justiça e Defesa da Cidadania, Felipe Sarinho; o chefe da pasta de Governo, João Veríssimo; e o superintendente da Sama, Luis Antonio Ferreira.