Após a promessa do governador João Doria (PSDB) em reservar R$ 8 milhões para a conclusão das obras do Hospital Santa Luzia, em Ribeirão Pires, o prefeito Kiko Teixeira (PSDB) afirmou que o local será um hospital de retaguarda. Em entrevista ao RDtv, nesta quarta-feira (17), o socialista criticou o primeiro projeto para o equipamento de Saúde chamando-o de “presente de grego”.
Parada desde 2013 por falta de verbas e 60% de sua obra já concluída, o novo hospital será pauta de uma reunião nesta semana entre os representantes da Prefeitura de Ribeirão Pires e do Governo do Estado com as secretarias de Saúde, Fazenda e Desenvolvimento Regional. Para Kiko, tal houve falta de planejamento para o equipamento que foi concebido durante a gestão do ex-prefeito Clovis Volpi (PL).
“Na verdade, era uma obra que não tinha muito nexo naquele momento. Nós temos o Hospital São Lucas, nós temos uma UPA na cidade e os serviços de Saúde estão mais ou menos controlados, então é um desperdício do dinheiro público. Mais de R$ 20 milhões gastos ali, se corrigir isso para valores (de hoje) o valor é muito maior com uma obra que está se deteriorando e isso é falado desde o começo do mandato”, explicou.
“Da forma em que foi concebida é uma obra para quebrar Ribeirão Pires, era um verdadeiro presente de grego que foi deixado pela gestão que terminou em 2012 para a que iniciava em 2013. Com esse novo formato, com os leitos de retaguarda conseguimos suportar os custos e fazer com ele sirva para a população de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá”, completou o prefeito.
Assim que houver a liberação da verba estadual será feito o processo licitatório. A expectativa é que a obra seja finalizada em um ano a partir de seu reinício. Serão 125 leitos. Kiko Teixeira também quer abrir conversas com as prefeituras de Rio Grande da Serra e Mauá para a possibilidade de dividir o custeio do equipamento.
Dificuldades
Em tom de crítica aos adversários, principalmente ao ex-prefeito Saulo Benevides, Kiko relembrou as dificuldades com que recebeu o município. “Nós ficamos oito meses para conseguir as certidões do município que garantem a possibilidade do município fazer convênio com o Governo do Estado e com o Governo Federal, então foi um momento bem complicado na história de Ribeirão Pires em que nós herdamos uma dívida gigantesca e o pior do que a dívida foi perder o crédito da cidade”, explicou.
Agora o prefeito visa a entrega de novas obras, principalmente em relação a área do turismo. A expectativa é de que até o final deste ano seja feita a inauguração do Boulevard Gastronômico, ideia que substituiu o projeto do teleférico que foi encerrado após problemas junto a Cetesb e da Enel (antiga AES Eletropaulo).