Dados do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) mostra que a região tem se destacado das demais no percentual de vendas e locações de imóveis. A pesquisa considerou 37 cidades, entre elas Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, que na pesquisa aparecem juntas a Guarulhos e Osasco. Nas cinco cidades, a alta nas vendas foi de 71,32% e 41,96% nas locações, em fevereiro no comparativo a janeiro. No período, no Estado de São Paulo os índices foram de 14% e 1,01%, respectivamente. Na Capital, a alta foi de apenas 26,8% nas vendas.
No Estado os imóveis mais vendidos são de até R$ 300 mil, que correspondem a 53,82% do total. A principal forma de pagamento é a modalidade à vista (48,41%). Os financiamentos são 43,95% e parcelamentos com o proprietário são 6,37%. No ABC, de acordo com Magali dos Santos, delegada regional do Creci no ABC, os dados são muito positivos. “Os imóveis novos de até R$ 230 mil, que podem ser financiados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, ou nos usados que podem ser feitos pela Carta FGTS, são as faixas com maior número de vendas”, explica. Mas mesmo em outras faixas de preços as opções têm aumentado e são mais atraentes. “Tivemos uma reunião com a superintendência regional da Caixa que quer voltar ao mercado e no caso dos imóveis de R$ 400 mil a R$ 1 milhão a o banco tem oferecido taxa de 8,16%, enquanto que o varejo trabalha com taxas em torno de 9%”, conta.
No ABC (mais Osasco e Guarulhos) se vendem mais apartamentos (53,18%) que casas (46,82%). Para Magali, há uma tendência grande na região de construção e venda de apartamento em pequenos prédios, aqueles sem elevador e sem rateio de despesas, porque ninguém quer pagar condomínio. “Essa é uma tendência, pela praticidade, mas as prefeituras querem mudar as leis, para que prédios de menos de quatro andares tenham de oferecer elevadores. Nós não queremos isso, porque vai encarecer o custo para os construtores e também para quem quer comprar”, comenta.
Locação
O mercado está saudável para negócios imobiliários não apenas no quesito venda, mas nas locações. O mercado respira ares tão positivos que os proprietários agora aceitam negociar os preços, baixam em até 20% para não perderem o cliente e ficarem com o imóvel vazio por mais tempo. Segundo a delegada regional do Creci, os imóveis que mais alugam são aqueles na faixa de preço entre R$ 800 – imóveis de três cômodos com garagem – até R$ 1,2 mil – com dois dormitórios e vaga para carro, no caso de apartamento ou casa. “Os inquilinos procuram imóveis sem condomínio e os proprietários não querem deixar de fechar negócio e aceitam baixar o valor entre 10% e 20%”, diz Magali.
Segundo o levantamento do Creci, no Estado, o mecanismo garantidor de pagamento mais utilizado ainda é o fiador (49,07%), seguido de depósito de três meses do aluguel (21,08%); pelo seguro de fiança (14,21%); pela caução de imóveis (13,39%), pela locação sem garantia (1,4%); e pela cessão fiduciária (0,85%). “O aluguel está a todo vapor, há opções de garantias. Temos utilizado mais o seguro fiança, porque hoje ninguém quer ser fiador de ninguém, dependendo da seguradora a companhia garante o pagamento do aluguel até o despejo”, comenta Magali, ao admitir que os custos se elevam nesta modalidade.