A greve dos professores da Universidade Metodista, em São Bernardo, entra neste sábado no sexto dia de paralisação por causa, principalmente, dos salários atrasados, de acordo com o sindicato da categoria.
Segunda-feira (6/5), a partir das 18h30, os grevistas farão caminhada, com saída do portão principal, na rua Sacramento, em direção ao Largo São João Batista, também em Rudge Ramos. Além dos salários atrasados, os professores reivindicam o acerto do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, desde 2015, e o cumprimento da convenção coletiva, que prevê obrigações, como vale-alimentação.
Jorge Maggio, presidente do Sindicato dos Professores, o Sinpro ABC, conta que a universidade tem apresentado falhas de pagamento desde o ano passado. “Pagaram os salários completos somente dois meses em 2018 e de lá pra cá o dinheiro aparece pingado”, diz ao reclamar que as respostas da universidade sobre as reivindicações têm se resumido a devolutivas de ofícios enviados pelo sindicato. “A Metodista tenta justificar o atraso, faz promessas, mas não dá, por último disse que dia 7 de maio vão pagar normal, mas e os salários de março, quando vão pagar?”, questiona.
O sindicato acionou terça-feira passada (3/5) o Ministério Público e também marcou para a próxima quarta-feira (8) nova assembleia com a categoria para discutir a continuidade do movimento, que conta com adesão de quase 90% dos professores, num universo de 350 docentes, distribuídos em três campi. “Não dá pra entender o que acontece”, lamenta o sindicalista.
Auxiliares se movimentam
Os cerca de 700 profissionais não docentes da Metodista também reclamam do não pagamento de salários. Segundo o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar (SAAE-ABC), desde 2015 a universidade não deposita o FGTS. “Mas o desconto aparece no holerite, se não bastasse os empréstimos consignados vêm na folha de pagamento, mas não são repassados aos funcionários, que têm recebido carta por inadimplência, isso é crime. Também não pagam vales transporte, alimentação e refeição”, reclama Donisete Gimenes Angelo, presidente do sindicato, que entrou com denúncia no Ministério do Trabalho. O último salário recebido pela categoria foi referente a março, depositado nesta sexta-feira (03/05).
Neste sábado (4/5), os auxiliares fazem assembleia, às 10h, na sede do sindicato, em Santo André (rua Padre Manuel da Nóbrega, 366). O objetivo é discutir os próximos passos do movimento e até greve.
Procurada sobre o assunto, a Universidade Metodista não se manifestou até o fechamento desta matéria.