Os prefeitos de Diadema, Lauro Michels (PV), de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (sem partido) e o chefe de gabinete de São Caetano, Bruno Vassari, assinaram nesta terça-feira (12), o protocolo de intenção para o retorno ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC. A expectativa é que na próxima assembleia, que será realizada em 9 de abril, os sete municípios estarão reunidos oficialmente na entidade regional.
Na próxima semana, o prefeito de Santo André e presidente do Consórcio, Paulo Serra (PSDB), fará visitas aos Legislativos de São Caetano e Rio Grande da Serra para apresentar as novas propostas aos vereadores. No mesmo período será enviado o projeto que pede a autorização legislativa para o retorno. Assim que aprovados e sancionados, as cidades vão assinar o retorno.
Também foi acertada que as cidades que ainda devem valores de repasse para o Consórcio vão ter que aprovar um projeto para dividir o valor devido. O acordo é de que o parcelamento fique entre 120 e 200 parcelas. Outro projeto que será enviado, desta vez para todos os municípios, é sobre a diminuição do percentual de repasse, caindo de 0,17% para 0,15%.
Apesar da redução do repasse, os prefeitos acertaram que em caso de projetos especiais que demandam de verbas a mais para sua concepção, os municípios vão pagar proporcionalmente, mas de forma separada. Tal ideia foi um pedido de Michels que observou o sistema em outros consórcios na região metropolitana.
Justificativa
“Eu estou muito entusiasmado com o Consórcio. Agora temos um projeto, temos um trabalho que vamos levar para frente. O Consórcio é uma entidade de vanguarda e agora vamos seguir com esse trabalho. Temos que lembrar que não há divisas, todas se confundem”, disse Gabriel Maranhão.
Em um tom mais crítico, Michels considera que seja um momento de união entre os sete municípios. “Eu nunca me furtei em participar das discussões regionais, mas estavam me querendo dar um bico. Temos que conversar sempre. Eu tenho que acertar as coisas do transporte, por exemplo, com São Bernardo, com Santo André. Agora vamos fazer isso novamente. As questões políticas vamos resolver nas eleições, antes temos que resolver as questões da cidade. Parece que esqueciam que tinha 450 mil pessoas em Diadema”, afirmou.