
Foi deferido no último sábado (12/1) o pedido do Governo de São Paulo da suspensão da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que proibia a contratação de temporários no serviço público. O pedido teve como motivação a falta de professores em sala de aula, que prejudica a educação pública do Estado.
Com a decisão favorável à ação da Procuradoria Geral do Estado (SL 1191), será possível retomar a contratação de docentes temporários. Agora, os contratos vencidos nas diferentes regiões do estado poderão ser renovados. Assim que assumiu a Pasta, o secretário Rossieli Soares informou que, a partir de estudos realizados durante o período de transição, 60 mil alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) poderiam ficar sem aula em 1º de fevereiro, início do período letivo, caso a suspensão persistisse. Se levados em conta os anos finais e o Ensino Médio, o impacto seria ainda maior. “Aproximadamente 2,5 milhões de alunos poderiam ficar sem aulas pela falta de professor. Corremos contra o tempo e conseguimos reverter um quadro trágico que se desenhava para o início do ano letivo”, destacou Rossieli.
O problema da falta de professores era ainda mais grave em algumas Diretorias de Ensino, como Mogi Mirim e Piracicaba, onde, respectivamente, em 42% e 34% das turmas de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental poderiam ficar sem docentes. Na capital,o problema poderia afetar cerca de 18.870 alunos. Das 91 Diretorias de Ensino, 38 teriam alguma turma de anos iniciais sem professor.
Ao defender o pedido, o governador de São Paulo destacou a importância do professor em sala de aula, condição mínima para a educação. “Temos que melhorar cada vez mais os nossos processos, dando repostas com agilidade à população”, declarou.