A Braskem, produtora de resinas plásticas com unidade de produção no Polo Petroquímico, está ampliando o seu programa de reciclagem e inclusão social, denominado Ser+ e assinou convênios com oito cooperativas da região do ABC, beneficiando diretamente 230 trabalhadores cooperados.
O projeto Ser+ atende não apenas às cooperativas de reciclagem, mas também as empresas fabricantes de produtos que tenham o plástico como matéria prima. “A Economia circular é essencial para o desenvolvimento da sociedade e da econômica. Trabalhar com nossos clientes e com a cadeia de valor para ampliar a reciclagem, como a logística reversa de copos plásticos”, explicou Fabiana Quiroga, diretora de reciclagem e da Plataforma Wecycle da Braskem. A iniciativa tem ainda outras frentes como a conscientização da destinação correta, com programas que chegam às escolas como o Edukatu, e o game interativo Ecoblocks e o Wecycle que avalia o ciclo de vida dos produtos e sugerem aos fabricantes novas soluções para o melhor reaproveitamento dos materiais, por último e também muito importante são ações para a redução do lixo plástico nos mares.
O diretor de relações institucionais da Braskem, Flávio Chantre, destacou ainda que o programa, criado em 2012, e que agora está sendo ampliado, já atendeu a 70 cooperativas e 5 mil cooperados em todo país. No ABC, o trabalho começou no ano passado com a Coopercata, de Mauá. Segundo Chantre, primeiro é feito um mapeamento de todas as cooperativas, mas nem todas aderiram, das 10 instituições cooperadas do ABC, duas ficaram de fora, as duas que atuam em Santo André. A explicação é que estas cooperativas já contam com a estrutura e mantém convênio com a administração para manter o trabalho. “Damos a consultoria para a formalização, reformas e compra de equipamentos. Conversamos com todas elas e essas oito conheceram o programa e iniciaram o trabalho”. Diadema foi o município com maior número de cooperativas, a Cooperlimpa, Cooperfênix e Nova Conquista; depois vem São Bernardo, com a Cooperluz e Reluz; Mauá tem a Coopercata; São Caetano, a Cooptresc e por fim a Cooperpires, de Ribeirão Pires. “Fazemos o diagnóstico, depois um plano de ação, e a curto prazo ver o que precisa, pode ser uma prensa ou uma esteira, e depois a gestão. O grande diferencial do programa é ajuda-los a fazerem gestão da produtividade e controle “, acrescenta Fabiana.
O objetivo da Braskem é alcançar 50 cooperativas atendidas em todo país. Cada cooperativa consegue recolher e triar cerca de 1 a 2 toneladas por mês, por cooperativa. “A gente tem meta de volume de cooperativas e de volume coletado. Hoje apenas 26% do plástico é reciclado no país. Não temos como saber exatamente o quanto é reciclado na região, porque no material coletado, não necessariamente é da região.
A Braskem também planeja para incentivar a reciclagem nos lares, adotando ferramentas de compensação financeira ou de pontuação. Um equipamento, que está sendo desenvolvido e a previsão é que ele seja instalado em pontos comerciais, como postos de combustível. “O objetivo é testar esse conceito, se as pessoas se mobilizam para levar até esse equipamento. No posto pode ser transformado em troca de óleo ou desconto na loja de conveniência”, detalha Fabiana que acrescenta que outro passo é criar um aplicativo para incentivar a separação em locais onde não há coleta seletiva e em que o morador é que deve se mobilizar para levar a um centro de triagem, além das ações educativas.