Em ato de entrega da reforma de parte do andar térreo do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, nesta quinta-feira (8), o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), negou que haverá queda no valor orçado para Saúde ao comparar o valor apresentado na LOA (Lei Orçamentária Anual) 2019 com a deste ano, em que a diferença é de 10,5%. O socialista culpa a gestão interina da vice-prefeita Alaíde Damo (MDB) por erros técnicos na peça orçamentária.
Ao ser questionado sobre o assunto, Atila negou qualquer tipo de redução. “Houve alguns erros técnicos da gestão interina que errou em alguns números. Eu posso dar um exemplo, como o fato deles terem errado sobre a contrapartida para a Uninove. Eles colocaram R$ 1 mil, mas na verdade o valor é R$ 1 milhão. Então vamos fazer essas alterações e vamos ter um orçamento para a saúde 4% maior”, explicou.
Outro “erro” da gestão de Alaíde Damo, segundo Jacomussi, é o pagamento “exagerado” de horas extras para profissionais da área da Saúde, no qual considera que o valor pago vai ser investidos em compra de remédios. Até o momento não houve qualquer tipo de alteração do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA 2019), disponível no site da Câmara de Mauá.
A propositura aponta um orçamento de R$ 293,3 milhões para o próximo ano, equivalente a 24,31% dos R$ 1,2 bilhão orçados. Sendo que para 2018 o valor da Saúde foi estimado em R$ 327,9 milhões, ou seja, 26,77% dos R$ 1,2 bilhão orçados. O projeto orçamentário será votado, em segundo turno, na sessão extraordinária convocada para o próximo dia 13.
Durante seu discurso no Hospital Nardini, Atila Jacomussi deu uma indireta aos membros da família Damo. “Prefeito tem de governar ouvindo o povo e não em sua casa com a sua família”, disse. O chefe do Executivo mauense não vem escondendo em nenhum momento as críticas direcionadas para a vice, porém evita falar do nome de Alaíde em qualquer frase negativa.
Entrega
Com investimentos de R$ 1,2 milhão foi entregue a instalação e revitalização dos dois primeiros andares do Hospital Nardini com a reforma da recepção, da capela e da capelaria (área utilizada por fieis não católicos). Além disso, foram entregues 10 novos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além dos ambientes de almoxarifado, farmácia, conforto médico e sala do Coreme (Comissão de Residência Médica).
O próximo objetivo é assinar a ordem de serviço para a reforma do quarto andar da unidade, parada há seis anos. Atila Jacomussi informou que espera o fim do prazo de reclamação dos concorrentes que perderam a concorrência. Caso não haja reclamações até a próxima terça-feira (13), o documento será assinado para que a Engecon ABC Construções Empreendimentos e Incorporadora realize o serviço.
Jacomussi foi indagado sobre o fato de a empresa ter participado de série de obras que foram entregues com atraso no município. O socialista colocou a culpa da situação na gestão de Donisete Braga (então no PT e agora no PROS), na qual considera que errou administrativamente na cobrança da obra.