O deputado federal e candidato ao Senado, Major Olímpio (PSL) esteve nesta quarta-feira (12) em Santo André, a convite da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal). O candidato, que foi policial militar, palestrou na delegacia regional da entidade, no bairro Paraíso, ao lado de outros candidatos, como o também ex-militar Coronel Nishikawa (PSL), que comandou a corporação em várias unidades da região do ABC e o agora visa uma cadeira na Assembleia Legislativa, e o candidato a deputado federal Marcus Dantas (PSL) que é auditor fiscal da Receita Federal. Os candidatos foram recebidos pelo presidente da regional da Unafisco, Luiz Fernando Wilke. Em dado momento, Nishikawa pediu que fosse feita uma oração pela recuperação de Jair Bolsonaro. Como ninguém se manifestou, ele próprio puxou o coro rezando um “Pai Nosso” e foi acompanhado pelos demais. Além dos candidatos e da diretoria da Unafisco, o auditório da entidade recebeu cerca de 40 pessoas, a maioria ligada à categoria, e outros ligados aos candidatos.
Seguindo estritamente a linha do líder do partido e candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, Olímpio falou, na maior parte do tempo sobre o tema segurança pública e disse que o governo do estado de São Paulo foi omisso, permitindo a alta da criminalidade. “O maior inimigo da polícia, não é o PCC, é o governo. Temos que parar com esse mi-mi-mi; se o bandido vier com Ponto 50 (armamento de grosso calibre) para cima de nós temos que ir com canhão para cima deles”, destacou.
Buscando colar sua imagem à de Bolsonaro, o candidato ao Senado disse que o fato de assumir a campanha no estado, após o atentado contra a vida do presidenciável é uma demonstração de absoluta afinidade entre os dois. “Eu sou o candidato da família, da segurança pública, que defende as alterações no estatuto do desarmamento e que é favorável redução da maioridade penal, que é o que a população quer. Então, naturalmente, essa migração do voto é o que me dá certeza da eleição. Essa questão do vo
to ‘Bolsolímpio’, quem vota no Bolsonaro vota no Olímpio, é uma realidade. O volume de voto que o Bolsonaro tiver no estado, será o volume de votos aproximados que eu terei no Senado”.
Olímpio disse que a segurança pública paulista é “uma farsa”, apontando diretamente para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a presidência da República, como culpado. Ele também comentou notícia do Repórter Diário, sobre a alta de 22,27% do número de estupros na região do ABC e a pouca abrangência das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs). “A farsa também é isso; chegamos a ter no estado 300 DDMs, na cidade de São Paulo, com 11 milhões de pessoas, no plantão noturno só tem uma Delegacia de Defesa da Mulher, no Centro da cidade, funcionando. São farsantes da segurança pública. Se aumentou 20% no ABC, talvez seja porque aumentou o número de registros, porque a subnotificação do crime de estupro no estado de São Paulo é de 4 para 1, ou seja, para cada caso, outros quatro não foram registrados. No Senado podemos legislar também sobre estas questões”.
MAIORIDADE
Na Câmara dos Deputados, Major Olímpio, foi um dos que encabeçou o projeto de redução da maioridade penal para 16 anos. O projeto está no Senado e é uma das coisas que em que pretende atuar. “Nós aprovamos na Câmara e no Senado sentaram em cima e não avançou”. Segundo ele não é possível a unificação das polícias, que custaria R$ 100 milhões e levaria cerca de 30 anos para ser implantado. “No dia 5 de outubro agora completa-se 30 anos da nova constituição e não se regulamentou o papel das polícias. São trinta anos e estamos nos omitindo, ficando com a idiotice de discutir se a Guarda Municipal tem poder de polícia. Eu não enxergo cor de farda, o cidadão tem que ser protegido”, finalizou.