
Em pouco mais de quatro meses, 225 meteoros cruzaram o céu de Santo André. O número inédito é resultado da pesquisa realizada pela primeira estação de captura de imagens de meteoros do ABC, instalada desde abril no Núcleo de Observação do Céu, vinculado ao Planetário e Cinedome Johannes Kepler, na Sabina Escola Parque do Conhecimento, localizada no Jardim Cristiane.
Com a estação de captura, o Planetário passou a atuar em um novo campo de pesquisa, e coloca Santo André entre as cidades do Brasil que contribuem para o avanço da ciência e da astronomia.
Na área externa da Sabina, uma câmera de monitoramento fica ligada 24 horas e em conjunto com um software especializado grava qualquer meteoro que estiver na atmosfera da Terra, na região Sul. As imagens capturadas pelo software são processadas e transformadas em dados para pesquisas, que são enviados para a Bramon (Brazilian Meteore Observation Network), organização sem fins lucrativos, que tem a missão de desenvolver e operar uma rede para o monitoramento de meteoros, para produzir e fornecer dados científicos através da análise de capturas.
“Até hoje, ninguém havia mensurado a quantidade de meteoros que passa pela região. Partimos do zero para começar a construir uma base de informações que possa subsidiar novas pesquisas, comparações de resultados, como saber se houve redução no número de meteoros no céu, ou mudanças de locais de origem, os chamados radiantes”, explicou o astrônomo Marcos Calil, coordenador científico do Planetário.
Todas as imagens capturadas pela Câmera do Noc estão arquivadas no computador do Núcleo de Observação do Céu e irão ser disponibilizadas na exposição Rochas Celestes que está em cartaz no Planetário e Cinedome de Santo André, além das redes sociais da Sabina e do IPRODESC, instituto que gerencia o Planetário e o Núcleo de Observação do Céu.