Em reunião do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, realizada nesta terça-feira (7), na sede da entidade, em Santo André, os prefeitos debateram o início das negociações junto aos Correios para que a estatal possa fazer a entrega de medicamentos em cada município. O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Orlando Morando (PSDB), também relatou que não houve avanços na instalação dos equipamentos para distribuição de remédios de alto custo nas unidades do Poupatempo.
As negociações junto aos Correios vão começar nos próximos dias. A intenção dos prefeitos é tentar evitar as filas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de cada município consorciado com a entrega de medicamentos em casa. “Não dá mais para admitir essas filas, então temos que conversar com os Correios que já tem a expertise nesse tipo de serviço. Eles jáfazem a entrega do programa Leve Leite, na Capital”, explicou Morando.
Ainda não existe a expectativa de custos referentes ao serviço. Porém, os prefeitos consideram que tal serviço pode ser facilitado, pois como se trata de negociações diretamente com uma empresa pública, assim não haveria a necessidade de um processo licitatório, algo que reduziria o tempo para que cada cidade conseguisse articular tal situação.
Alto custo
Demanda de alguns anos dos prefeitos, a descentralização da distribuição dos remédios de alto custo na região ainda está longe de uma solução. Apesar da promessa do Governo do Estado, em março, de realizar a ação a partir das unidades do Poupatempo em São Bernardo, Santo André e Mauá, em formato de projeto piloto, ainda não houve qualquer intervenção para que o projeto saia do papel.
“Não estou fazendo nenhuma crítica ao governador (Márcio França, PSB), a questão que estamos esperando que algo seja feito em relação a descentralização, pois até o momento não foi feito nenhuma mudança no Poupatempo de São Bernardo. Espero que ocorra o mais rápido possível”, disse o presidente do Consórcio.
O RD procurou a Secretaria Estadual de Saúde sobre o assunto, porém até o fechamento desta reportagem não houve resposta. Atualmente os moradores da região que precisam deste tipo de medicamento precisam se deslocar até o hospital Mário Covas, em Santo André. O fato acaba trazendo uma série de reclamações de filas e de demora na entrega dos remédios.