Após dois anos desativada ainda no governo Carlos Grana (PT), a Prefeitura de Santo André retomou nesta quinta-feira (28), com direito à assinatura da ordem de serviço, a obra para reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro, localizada na rua Agenor de Camargo, 129, na Vila Assunção. O prefeito Paulo Serra (PSDB) garantiu que a unidade 24 horas será reaberta à população em dezembro.
Agora, com novo nome: UPA Perimetral, uma vez que a área do equipamento dá fundos para a mesma avenida e existe a UPA Central, em funcionamento ao lado do Paço. O investimento será de R$ 1,6 milhão para revitalização.
Com a reabertura, a UPA Perimetral não só auxiliará a todos os equipamentos da rede municipal de saúde, como especialmente o CHM (Centro Hospitalar Municipal), vizinho à unidade fechada em maio de 2016. A ideia do governo é desafogar, inclusive, parte do atendimento do pronto-socorro do hospital e que tem demanda excedente.

O prédio da UPA já existe, mas foi deteriorado com o tempo, e, principalmente, pelo não uso pelo poder público. O local, inclusive, era alvo constante de invasão e pichação. A reforma, segundo o prefeito, não implicará em ampliação do espaço físico nem dos serviços, mas sim em reorganização do processo de trabalho na rede de urgência e emergência.
No total, serão oferecidos 32 leitos de internação, entre as alas adulto e pediatria. Mais quatro consultórios de clínica médica, além de farmácia, sala de raio-x, consultório odontológico, espaço para medicação e central de armazenagem. A média de atendimento mensal é de 15 a 18 mil, segundo o secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves.
Para o chefe do Executivo, a localização da UPA Perimetral é estratégica. “Ponto de grande movimentação de pessoas, além de estar próxima ao corredor de ônibus”, afirmou Serra, que classificou o fechamento da unidade como “símbolo do descaso”.
Especialidades
Quando a unidade foi fechada pela gestão anterior, a justificativa é que seria reaberta como atendimento de especialidades, projeto que não saiu do papel. No início de 2017, no entanto, a atual administração anunciou que o equipamento, até então de urgência e emergência, seria transformado em USF (Unidade de Saúde da Família) – rede de atenção básica.
O que foi rechaçado na época pelo Ministério da Saúde, que apontou ilegalidade caso houvesse mudança do objeto (perfil de atendimento). A Prefeitura seria obrigada a devolver o recurso utilizado ainda na construção do prédio – governo Aidan Ravin. Também perderia recurso da União para o custeio mensal.