
Com índices e projeções econômicas mais favoráveis, situação diferente de anos anteriores, o comércio varejista se movimenta na tentativa de atrair mais clientes e aumentar as vendas de ovos de chocolate para a Páscoa, comemorada no domingo (1º de abril). De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), a expectativa é de crescimento entre 4% e 5% para a venda do produto em relação ao mesmo período do ano passado.
Na última semana de compras o consumidor tem marcado presença nos estabelecimentos em busca dos melhores preços aliados à qualidade do produto. Na Chocolândia, rede com 10 lojas na Grande São Paulo, uma delas na avenida Pereira Barreto, em Santo André, a aposta é repetir as vendas realizadas ano passado, quando foram adquiridas 3,2 mil toneladas de ovos de chocolate, bombons, barras de chocolate e tabletes.
O diretor-presidente da rede, Osvaldo Nunes, avalia que por conta da data cair no último final de semana de março (ano passado caiu em 16/4), o período de vendas é mais curto para as vendas e a população ainda carrega uma série de compromissos financeiros herdados no início do ano.
“Os três primeiros meses do ano são pesados por conta de férias, retorno escolar, Carnaval, IPVA e IPTU. Então, se vendermos o mesmo volume do ano passado já vai ser ótimo”, diz. Este mês, por conta da grande movimento, a rede adotou estratégia de funcionamento das lojas 24h, até sábado (31).
A consumidora Ariane Brito Bandeira, do Jardim Santo André, afirma que pesquisou e encontrou preços melhores na Chocolândia. “Este ano estou comprando menos, mas aqui facilita. Estou levando ovos para o meu filho, sobrinhos e funcionários”, disse.
A Coop, com 23 lojas no ABC, está com uma campanha específica para a Páscoa com direcionamento maior para produtos alimentícios. No entanto, para a vend
a específica de ovos de chocolate, a projeção é fechar com alta de 5%. “Já os bombons e chocolates em geral devemos ter crescimento expressivo, acima de 15%”, destaca a gerente de compras da rede, Marta Borges.
O Joanin, com 15 lojas na região, também trabalha com perspectiva de vendas mais aquecidas no período. Este ano a rede adquiriu 35 mil unidades de ovos, ano passado foram 31,8 mil, volume 10% maior.
Adriano Sarti, responsável pelas compras da rede, destaca que o consumidor deve ficar atento para as promoções que podem surgir até a Páscoa. “Uma parte dos clientes fica aguardando rebaixa do preços, quando o giro do produto está baixo, alguns fabricantes chegam reduzir até 50% do valor”.

Franquia e produção caseira projetam crescimento maior
A Cacau Show, com 33 lojas na região, está bastante otimista com as vendas para este ano. A empresa produziu cerca de 9,5 mil toneladas de chocolate para os mais de 40 produtos do portfólio da marca. Ao todo, serão 15 milhões de itens produzidos, o que significa um aumento de 8% em relação a 2017. “Para este ano estamos prevendo crescimento de 20% em relação ao ano passado”, afirma Élio França e Silva, vice-presidente de marketing e vendas da Cacau Show.
A designer da área de jornalismo, Alessandra Coelho, de São Caetano, começou a mexer com chocolates há cerca de 10 anos e por um bom período conciliava a profissão de origem com a fabricação caseira das guloseimas. Em junho do ano passado, porém, decidiu apostar na produção independente de brigadeiros gourmet, abriu registro no MEI (Microempreendedor Individual) e criou a Dolce Per Te.
Há cerca de cinco anos começou a aceitar pedidos de ovos de chocolate e, a cada ano, viu a produção crescer. Iniciou fazendo cerca de 30 ovos de colher, aumentou para 200 no ano passado e para esta Páscoa deve atingir a marca de 600.
“Eu vejo assim, tem a crise mas as pessoas não param de comer chocolate. Esse ano estou deixando muita coisa a pronta entrega porque acaba tendo bastante procura de última hora”, diz a microempresária ao ressaltar que a linha de chocolate belga é o forte da produção composta por 12 recheios no cardápio. Mais informações sobre os produtos basta acessar o site www.dolceperte.com.br ou enviar um WhatsApp para 98416-4117.