O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), cogita lançar seu chefe de Gabinete, Márcio de Souza (PSB), como candidato a deputado estadual, no lugar do pai e presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP). A possibilidade já é ventilada dentro do governo e também entre parlamentares da base aliada. Uma decisão sobre o representante do Paço para Assembleia Legislativa será tomada no fim do mês.
Segundo pessoas próximas ao governo, Souza já manifestara internamente ao prefeito o desejo de se candidatar para eleição de outubro. Somado a isso, Admir focaria em manter unido o grupo político de Atila. Com nove mandatos na bagagem, o chefe do Legislativo é visto por pessoas próximas ao socialista como fundamental para manter consolidada a base aliada no Parlamento
Caso seja designado por Atila como postulante ao Legislativo paulista, Souza teria até 7 de abril para deixar a chefia de Gabinete e o comando da Secretaria de Comunicação Social, seis meses antes do processo eleitoral, conforme determina a lei complementar 64 de 1990.
Andreia Rios
Também se especulou a possibilidade de Atila lançar a esposa Andreia Rios no lugar do pai, porém, esse cenário foi negado veementemente por pessoas mais próximas ao prefeito. A primeira-dama, que preside o Fundo Social de Solidariedade, assumiu há poucas semanas a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, função que também teria de deixar na primeira semana de abril, se fosse futuramente postulante.
Embora o nome de Souza ganhe força, a pré-candidatura de Admir para Assembleia Legislativa não está totalmente descartada. O presidente do Parlamento mauaense ainda analisa se permanece no PRP ou muda para outra sigla que lhe dê maiores chances de passar pelo quociente eleitoral. O vereador chegou a conversar com PSB, PRB e o Podemos, apesar de crescer o rumo de que ele não mudará de legenda.
Outra situação mais remota é Admir se candidatar a deputado federal, conforme o próprio parlamentar admitiu. No entanto, interlocutores do governo apontam que a ação se trata de uma estratégia para tentar esvaziar o êxodo de aliados para o palanque do ex-secretário municipal de Obras, José Carlos Orosco Júnior (PDT), que disputará uma das cadeiras para Câmara dos Deputados.