
Vereador mais votado no ABC nas eleições municipais em 2016, com 7.863 votos, Roberto Rautenberg (PRB) não se pronuncia se retornará às atividades na Câmara de Santo André. O titular da cadeira está sob terceira licença seguida de 60 dias, que vence em 5 de fevereiro. Por ora, o suplente Jorge Kina (PSB) sequer tem conhecimento se prossegue no Legislativo ou não a partir do próximo mês.
Ao longo da semana, o RD procurou Rautenberg para ter um posicionamento sobre o retorno ao Parlamento, mas o vereador licenciado, desde agosto, não retornou às chamadas. Atual ocupante da cadeira, Kina opta pelo humor ao falar da indefinição. “Ainda não sei (se fico até o início de fevereiro). Sou sempre o último a saber. Mas acredito que uma decisão será tomada na próxima semana”, diz.
Na eleição que o conduziu ao segundo mandado no Parlamento, Rautenberg conseguiu ter a maior votação entre os 142 vereadores das sete cidades da região, sob a bandeira da causa animal e alcunha de “Rautenberg Protetor”. Neste mandato, o parlamentar apresentou apenas três projetos de lei, 20 requerimentos e 55 indicações.
Entre os projetos apresentados pelo vereador, somente duas proposituras são da causa animal: proibição de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos com ruídos sonos, e o que torna ilegal o confinamento de um animal. O primeiro foi aprovado no Legislativo, vetado pelo governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) e em seguida arquivado, enquanto o segundo ainda não foi votado. Por essa razão, não houve nenhuma ação efetiva do parlamentar na defesa dos animais no mandato.
Colega de bancada e presidente municipal do PRB, o vereador Ronaldo de Castro também não tem conhecimento de qual decisão será tomada por Rautenberg e acredita na renúncia do correligionário. “Acho que ele vai sair definitivamente (do Legislativo), devido aos compromissos empresariais. Ele não se abre, é fechado. Mas espero uma definição em breve”, pontua.
Em outubro, após solicitar a segunda licença, Rautenberg falou ao RD que não pretendia renunciar do cargo no Parlamento, mas que naquele momento estava focado na rede de academias, na qual administra. Entretanto, a possibilidade de deixar a cadeira no Legislativo não deixou de ser ventilada nos últimos meses.
Em 2012, o vereador foi eleito ao primeiro mandato com 4.628 sufrágios pelo PTB e, dois anos depois, recebeu 42.017 votos para deputado federal, insuficientes para o ingresso ao Congresso Nacional.