Com a suspensão da licitação pela concessão dos serviços de coleta e destinação de lixo, o governo do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), prorrogou pela segunda vez, por até 180 dias, o contrato emergencial com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara. Em junho, o Paço rompeu a PPP (Parceria Público-Privada) de 30 anos, com valores de R$ 4,3 bilhões, anteriormente acordado junto ao grupo.
Um dia antes da abertura das propostas da licitação em dezembro, o TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado do Estado de São Paulo) suspendeu o processo devido a questionamentos a respeito do edital. Até então, o Consórcio SBC VR já operava desde 5 de junho, sob valor mensal de R$ 8,25 milhões, após a rescisão acordada por ambas as partes da PPP assinada em 2012, no governo do ex-prefeito Luiz Marinho (PT).
Por enquanto, não há previsão de quando o TCE-SP dará o parecer para reabertura do certame. Segundo a assessoria do Consórcio SBC VR, o grupo é uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) focada especificamente para PPP. Por essa razão, a concessionária não poderia participar de outros contratos, porém, as empresas acionistas têm intenção de elaborar propostas para nova concessão dos serviços.
Ao assumir o governo, Morando afirmou que o contrato avalizado pela gestão Marinho continha irregularidades e buscou o rompimento junto ao TCE-SP. Desde então, as duas partes iniciaram batalhas no âmbito jurídico e político. A PPP também projetava a construção de uma usina de incineração, no Grande Alvarenga e converteria parte do lixo em energia de 22 MW/h, mas a proposta não saiu do papel.