A disputa dos pré-candidatos a deputado estadual em Diadema pelo apoio do prefeito Lauro Michels (PV) ainda está longe de terminar. Em entrevista exclusiva ao RDtv, nesta quinta-feira (16), o chefe do Executivo diademense explicou o que exigirá dos possíveis apadrinhados para o próximo ano. Além disso, o verde voltou a tecer críticas contra o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, e até relatou uma tentativa de aproximação.
Três membros do Poder Executivo de Diadema disputam o apoio de Michels. O primeiro é o vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV), que se candidatou a deputado federal em 2014 e conquistou 40.979 votos. A segunda é a secretária de Habitação, Regina Gonçalves (PV), que tenta voltar à Assembleia. Há três anos conquistou 58.009 votos e terminou como suplente. O terceiro é o presidente da Câmara, Marcos Michels (PV).
“Primeiro, eles vão ter de mostrar o seu exército para demonstrar robustez. Segundo o governo tem de estar bem e terceiro temos de ter unicidade. A ideia é apoiar um candidato a estadual e alguns a federal para ajudar, pois Diadema não tem força para eleger um federal e um estadual sozinha”, afirmou o prefeito.
Lauro Michels contou que vem perguntando para os apoiadores sobre qual escolha deve fazer, porém não confirmou se isso é feito por meio de urna em seu gabinete. “Eu não estou fazendo isso sozinho. Eu sempre governei perguntando para todos e vou fazer isso até o final”, salientou.
Sobre o apoio a federal, o prefeito diademense afirmou que vai apoiar a reeleição de Alex Manente (PPS), porém deixou claro que vai dividir o apoio com outros candidatos. De sua base, o líder de governo, Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB), vai disputar uma vaga em Brasília. Nos bastidores, a divisão deste apoio não é encarada de maneira positiva, principalmente após Manente ter ajudado Michels a apaziguar os ânimos dos aliados que chegaram a sair da base durante o primeiro semestre.
Consórcio
Durante a entrevista, Lauro Michels revelou que tentou uma aproximação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC mesmo após concluir sua saída, no final de setembro. “Cheguei a enviar um ofício para participar da reunião dos prefeitos, mas não aceitaram. Infelizmente tem um reizinho que não deixou”, disse o prefeito de Diadema, com uma indireta ao prefeito de São Bernardo e presidente da entidade, Orlando Morando (PSDB).
“Eu tenho noção da regionalidade, tenho certeza de sua importância, mas questiono como funciona o Consórcio. Não dá para aceitar essa fórmula. Precisamos de mudanças. Para que um escritório em Brasília? Os deputados da região não podem trabalhar para isso?”, questionou.