O vereador de Santo André Sargento Lobo (SD) não mediu as palavras ao tecer críticas ao prefeito Paulo Serra (PSDB). Durante a edição do programa Rastilho, do RDtv, na última quarta-feira (1), o legislador justificou sua saída da base governista afirmando não “compactuar” com as atitudes do tucano. O policial militar também rebateu as críticas pela sua proposta de dar um título de cidadão andreense para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ).
Questionado sobre os motivos que o levaram a deixar a base de apoio de Paulo Serra, Lobo afirmou que o prefeito andreense “não tem palavra”. “O Paulinho não tem um projeto para a cidade, ele tem um projeto de poder, ele é centralizador. Basta ver que ele está tentando um jogo para aproximar aqueles que ele considera como adversários. Não compactuo com o projeto de poder do Paulinho”, disse o vereador.
A referência do Sargento Lobo são as notícias de bastidores de que Paulo Serra convidou o ex-prefeito e terceiro colocado na eleição de 2016, Aidan Ravin (PSB), para participar de algum cargo em seu governo. Fato que até o momento não foi concretizado. Além disso, Serra tenta evitar com que aliados busquem outras legendas em busca de espaço para futuras candidaturas para prefeito em 2020.
Quando indagado se o motivo da saída foi o corte de cargos relacionados a pessoas de sua equipe, Lobo negou que tenha qualquer relação do tipo. “Minha posição não é formada por cargos no Governo. Passei os quatro anos sem cargos no governo do (Carlos) Grana (PT) e cresci 115% (em número de votos). Eu reclamo dos serviços que não são prestados na cidade”, afirmou.
Bolsonaro
Uma proposta de Lobo vem causando polêmica em Santo André. O vereador propôs um título de cidadão andreense para o deputado federal e pré-candidato a presidente da república, Jair Bolsonaro. O policial militar justifica a ideia com a seu pensamento político que vem de encontro com a do presidenciável.
“Hoje a única pessoa em que eu votaria para presidente é o Bolsonaro e acho que em uma democracia temos o direito de expor o que pensamos, e eu acredito nele. Cada vereador tem o direito de dar dois títulos de cidadão por mandato, se as pessoas tiverem um outro nome, pode ir no meu gabinete para debater isso. Só não dou o título para o Jean Willys (PSOL/RJ)”, afirmou o vereador em referência ao deputado federal considerado como o principal opositor as ideias de Bolsonaro.