Em entrevista ao programa Rastilho, no RDtv, nesta sexta-feira (6), Almir Cicote (PSB) e Eduardo Leite (PT) falaram sobre o cenário para o pleito de 2018. O socialista nega problemas com a direção estadual do PSB – apesar das críticas – e confirma a intenção de disputar uma vaga na Assembleia. Já o petista ainda busca apoio interno para ser escolhido para uma vaga na corrida à Câmara Federal.
Cicote negou problemas junto ao PSB estadual mesmo após criticar a atitude do diretório que aumentou o período de funcionamento das direções provisórias nos municípios até o final de dezembro. “Nós temos um grupo que já está formado. Temos o apoio do vereador em exercício Jorge Kina, do ex-vereador Marcos da Farmácia, de Oscar Matorelli, além do ex-vereador Sargento Juliano. Temos um grupo que está com esse projeto (de candidatura a deputado estadual). E independentemente da posição do diretório estadual, temos um projeto consolidado”, afirmou.
O presidente da Câmara de Santo André negou qualquer motivação de saída, apesar que nos bastidores políticos já se falou de seu ingresso nas fileiras do PSDB e da Rede Sustentabilidade.
No caso de Eduardo Leite, suas pretensões são de uma candidatura para deputado federal, assim dobrando com o atual deputado estadual Luiz Turco (PT), que buscará a reeleição. “Estamos trabalhando dentro do partido para ter apenas uma candidatura a federal e uma candidatura a estadual no município. Mas ainda está muito cedo para falar sobre o assunto”, afirmou.
O nome de Leite passou a ser articulado, principalmente após a saída do ex-deputado Vanderlei Siraque para o PCdoB, assim abrindo uma lacuna para a disputa interna no partido. Além disso, o vereador busca um espaço para pintar como um novo nome para o Congresso, acreditando em uma grande renovação devido ao atual cenário político no país.
Reforma política
Indagados sobre as mudanças nas regras eleitorais aprovadas no Congresso na reforma política, ambos fizeram duras críticas, principalmente as novas regras sobre a cláusula de barreira que agora tira tempo de televisão e rádio, além de acesso ao fundo partidário, ao partido que não atingir 1,5% dos votos válidos em pelo menos nove estados.
“Dificilmente um partido não vai conseguir esse 1,5% dos votos (válidos), só se for uma legenda pequena que quer vender tempo de televisão. De resto, infelizmente perdemos uma oportunidade de fazer uma real reforma política. Infelizmente”, disse Cicote.
“Temos um número grande de partidos e isso só complica, não conseguimos fazer uma cobrança correta. Nos Estados Unidos, temos dois partidos, os Republicanos e os Democratas. Se um faz algo de errado, daqui há dez anos todos vão lembrar. Você não consegue fazer isso no Brasil”, falou o petista.