Agências registram alta com venda de pacotes de viagens em julho

Setor já antecipa pacotes de viagens para o final do ano (Foto: Pedro Diogo)

Considerado o segundo período com maior movimento na alta temporada, via de regra perde apenas para os passeios de fim de ano, julho tem sido bom para as agências de viagens da região, que têm registrado alta nas vendas de pacotes. Algumas delas apresentam movimento 25% maior que um mês comum. Tradicionalmente as reservas para o período são feitas com antecedência, porém ainda é possível encontrar ofertas e pacotes para a última semana do mês.

Os pacotes mais procurados para as férias são para viagens nacionais, cerca de 60% do volume total. O restante busca passeios para o Exterior. A CVC Viagens, por exemplo, informa que registrou demanda 10% maior nessas férias em viagens para fora do País, em razão de promoções realizadas de câmbio reduzido.

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O movimento 25% maior para os pacotes de julho está dentro do planejamento estratégico desenvolvido pela Flytour. A agência do Shopping ABC, em Santo André, está com movimento maior de pessoas que fecharam viagens e vão até o local em busca dos vouchers. A direção do local ressalta que a procura para o período de férias acaba sendo maior e espera superar as vendas realizadas no mesmo período de 2016.

“Nossa expectativa é de crescimento. Esperamos fechar o mês com volume 20% maior que o ano passado”, afirma o gerente da agência do Shopping ABC, Deivide Dalto, ao revelar que os destinos mais procurados são para o Nordeste brasileiro e também Caribe e Orlando, nos Estados Unidos.

Dentro do território nacional é possível encontrar na agência pacotes mais em conta, de três dias, para Foz do Iguaçu, por R$ 825 por pessoa. No entanto, também existem opções mais elevadas, como uma viagem de sete noites para um resort na Praia do Forte, na Bahia, que sai por R$ 12 mil o casal (mais uma criança). A grande maioria dos que fecharam pacotes no local optou por pagamentos parcelados em até 10 vezes sem juros.

Já a CVC, por conta de ser uma empresa de capital aberto, não informa números que ainda não foram divulgados na rede, os dados disponibilizados são trimestrais. A empresa revela ter registrado demanda 10% maior para viagens ao exterior e também adotou uma nova política de descontos para pagamentos à vista, modalidade que não era praticada.

Com isso, a vantagem para quem opta pela modalidade de pagamento para as viagens de julho ou janeiro ganha 10% de desconto. Já os que parcelam em 10 ou 12 vezes, sem juros, paga o preço sem desconto. A estratégia, segundo a empresa, é para incentivar quem ainda não se planejou para as férias de julho e também o planejamento antecipado para as viagens de final de ano.

Emissão de passaportes volta em breve

Após três semanas de impasse, finalmente o projeto que autoriza crédito extra de R$ 102 milhões para regularizar a emissão de passaportes foi sancionado pelo presidente Michel Temer, na quarta-feira (19). A expectativa do governo é que a impressão do documento por parte da Polícia Federal (PF) volte à normalidade nos próximos dias.

As agências de viagens da região estavam na expectativa para que a situação fosse regularizada, já que poderia prejudicar a venda de viagens internacionais. O gerente da Flytour do Shopping ABC, Deivide Dalto, afirmou que a situação acaba prejudicando mais os embarques imediatos, pois para esse tipo de viagem as pessoas costumam se programar com meses de antecedência.

Apesar do impasse, a agência chegou fechar pacote no final de semana passado, quando ainda não havia definição sobre o assunto, para Punta Cana, na República Dominicana. “Nos casos de emergência orientamos os clientes buscarem a emissão do passaporte emergencial”, afirma.

Já a CVC informou que normalmente as viagens internacionais são fechadas com cerca de quatro a seis meses de antecedência e que não havia registrado nenhum cancelamento nas últimas semanas. A agência também ressaltou que grande parte das viagens em julho são nacionais.

O impasse na emissão dos passaportes ocorreu às vésperas das férias escolares, quando a Polícia Federal anunciou a suspensão das atividades por conta dos gastos realizados com o serviços terem chegado ao limite do previsto na lei orçamentária. De acordo com a PF, a cada dia útil são confeccionados 11 mil documentos em todo o País. A taxa para emissão de passaporte custa R$ 257,25.

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