Segundo o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), até o momento foram registrados apenas seis casos de dengue em 2017, todos importados – quando o paciente é infectado em outra cidade. Em evento que ocorreu nesta terça-feira (18), na sede da Vigilância Sanitária, o chefe do Executivo afirmou que a campanha não terminará, mesmo após a diminuição da temperatura, algo que atrapalha a procriação do Aedes Aegypti.
“Eu ouvi em alguns meios de comunicação que tivemos sorte. É até um fator importante na vida, mas tem que está atrelado ao trabalho, a dedicação, ao empenho, a coragem”, explicou o prefeito que considera que o fato de não ter casos de contaminação dentro de São Bernardo aconteceu devido a três situações: comunicação, participação popular e ação dos agentes da Secretaria de Saúde.
Desde janeiro, mais de 900 agentes foram designados a participar das ações referentes. Em 295 mil visitas realizadas foram encontrados 365 mil focos de procriação do mosquito, inclusive em alguns próprios públicos como a Praça Lauro Gomes, onde segundo Morando, foram encontradas larvas na fonte que estava desativada.
Foram gastos cerca de R$ 200 mil na campanha até o momento e a ideia é não encerrá-la, mesmo em uma época de queda de temperaturas. Segundo o Wagner Kuroiwa, a proliferação do Aedes Aegypti acontece com a temperatura a partir dos 23ºC. Mas a intenção é de que a próxima campanha seja feita de forma efetiva a partir de outubro.
“Em outubro já trabalharemos a prevenção com as crianças nas escolas. Se cada uma ajudar na sua casa e também em outras duas casas vizinhas, temos certeza que conseguiremos cobrir 100% do município. Assim podemos manter este número. Além disso, terá a capacitação dos agentes também”, explicou o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple.
Questionado sobre o fato da campanha deste ano não ter sido feita a campanha em conjunto com os demais municípios da região a partir do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Orlando Morando afirmou que gostaria de ter feito uma campanha publicitária maior, porém acabou impedido pela queda do orçamento da entidade regional que aconteceu devido aos cortes realizados desde janeiro quando o próprio são-bernardense acabou assumindo a gestão do Consórcio.