Líderes europeus saúdam vitória de primeiro-ministro na Holanda

Mark Rutte é Premiê da Holanda (Foto: Facebook)

Líderes europeus se disseram satisfeitos nesta quinta-feira com o resultado eleitoral na Holanda, onde o partido do primeiro-ministro Mark Rutte chegou em primeiro lugar, impedindo assim a emergência do líder anti-islâmico Geert Wilders.

Em um pleito tido como termômetro do sentimento nacionalista e xenófobo no continente, o partido de Rutte recebeu 33 assentos, três a menos que em 2012, segundo mostram os resultados parciais – a maior parte das urnas já foi analisada. O Partido pela Liberdade de Wilders passou de 15 para 20 assentos, abaixo do que projetavam alguns analistas. O resultado, no entanto, deixa a legenda com a segunda maior bancada do país.

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“Foi um bom dia para a democracia”, afirmou hoje a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. “Estou muito contente porque uma grande comparecimento às urnas levou a um resultado bastante pró-europeu”.

Para Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, o resultado na Holanda é “inspiração para muitos”. “As pessoas da Holanda votaram fortemente pelos valores que a Europa defende: sociedades livres e tolerantes”.

A vitória de Rutte também foi elogiada pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, que o parabenizou via um telegrama. “Em um momento chave para a Europa como um todo, o povo holandês mostrou responsabilidade e maturidade”, afirmou Rajoy, cujo Partido Popular integra a coalizão conservadora no Parlamento Europeu junto com o PVV holandês.

O líder ultra-conservador, no entanto, se mostrou confiante em uma reunião nesta quinta-feira com a nova bancada de seu partido. “Somos o segundo maior partido da Holanda. Parabéns”, afirmou, admitindo depois que preferia ter chegado em primeiro.

O resultado também foi comemorado na Itália, com a Liga do Norte notando que o resultado foi um sinal de crescimento dos movimentos populistas.

“Boas ideias estão crescendo” e “invasão está sendo bloqueada” afirmou Matteo Salvini, em referência ao fluxo de imigrantes que tem chegado ao continente desde 2015.

Na Holanda, que trocou farpas diplomáticas com a Holanda nos últimos dias, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, afirmou que a Europa está caminhando em direção ao abismo e a guerras de religião.

“Não existe diferença entre o partido social democrata e o líder fascista Wilders. Eles têm a mesma mentalidade”, disse à agência estatal Anadolu. Os partidos europeus “estão levando o continente ao abismo. Logo, uma guerra religiosa vai irromper na Europa”.

Os dois países se estranham desde que a Holanda se recusou a permitir que autoridades turcas participassem de comícios em território holandês para defender maiores poderes ao presidente Recep Tayip Erdogan em um referendo que deve ser realizado no próximo mês. Fonte: Associated Press.

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