Falta de funcionários, maquinário quebrado e problemas em relação ao cemitério municipal. Este é o resumo do cenário encontrado na Secretaria de Infraestrutura Urbana de Ribeirão Pires, segundo o secretário Diogo Manera (SD). Em entrevista ao RDtv, o Manera afirmou que está investigando uma suposta venda clandestina de urnas funerárias no velório municipal.
Manera afirmou que muitos contratos não eram executados. “A minha primeira iniciativa foi voltar com algumas atividades que estavam paralisadas. Tudo com a mão de obra própria, sem empresas terceirizadas devido a falta de pagamento desde julho de 2016”, relatou.
Segundo o chefe da pasta, haviam apenas dois roçadores e 20 ajudantes para fazer todo o corte de mato em 85 km². Em relação a limpeza urbana, Diogo Manera também informou que havia falta de sacos de lixo para os garis. Mesmo assim, considerava que área conseguia trabalhar de forma organizada. Além disso, havia sérios problemas em torno do contrato de manutenção da iluminação pública.
Comércio de urnas
Um dos principais problemas encontrados por Diogo Manera (foto) foi a denúncia de venda irregular de urnas funerárias no velório municipal. A ação é proibida pela Lei Orgânica do Município. Apenas a Prefeitura tem autorização para a venda de caixões.
“Não vendemos nenhum caixão em 2016 e eu pensei que não tinha mortes na cidade. Isso é estranho, pois ocorre ao menos dois velórios por dia. Fizemos um boletim de ocorrência para apurar os fatos. A nova direção do velório municipal instalou uma sindicância interna para apurar os responsáveis pelo comércio paralelo das urnas funerárias”, explicou.
No cemitério municipal, segundo Manera, a falta de espaço para novos enterros é recorrente devido para falta da exumação dos corpos. Diogo informou que com a retomada do serviço foram abertos 90 espaços em 45 dias.