Em sua participação na sabatina da Rádio ABC e com participação da equipe do RD, nesta quarta-feira (26), o candidato a prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB) “firmou o compromisso” de não entregar a companhia de saneamento andreense – Semasa, para a Companhia Estadual – Sabesp. Para o tucano não há a necessidade de fazer a troca, mesmo com uma dívida, que segundo Serra, chegou a casa dos R$ 3,3 bilhões.

“Não vou entregar o Semasa, não precisa fazer isso. Vamos colocar os técnicos do Semasa para conversar com os técnicos da Sabesp e vamos resolver os problemas. Vamos ter um melhor abastecimento no nosso governo, isso eu posso garantir, não precisa fazer qualquer tipo de entrega”, afirmou o prefeiturável.
Serra aproveitou o assunto e criticou o seu adversário, o atual prefeito Carlos Grana (PT), por causa de informações dadas a eleitores de que o tucano entregaria a autarquia municipal para o Estado, pois seria uma de suas medidas no corte de gastos que pretende realizar na Prefeitura, caso seja eleito.
Sobre o corte de gastos, Paulo Serra não falou sobre quais secretarias pretende extinguir e que fará isso mediante a estudo. “Quero saber quais secretarias estão realmente funcionando, quais realmente prestam um bom serviço e assim vamos estudar quais vamos acabar. Precisamos fazer um choque de gestão, ter um governo mais enxuto para voltar a crescer”, falou.
Transporte Público
O candidato a chefe do Executivo andreense garantiu que pretende extinguir o contrato emergencial da Prefeitura com a Suzantur, empresa que substituiu a Expresso Guarará, responsável por 15 linhas da cidade. Apesar da afirmação, Paulo Serra garantiu que manterá o serviço até que uma nova empresa possa assumir o posto.
Ao ser questionado sobre a tarifa de ônibus, o tucano disse que é favorável ao congelamento do preço (R$ 3,80), mas que pretende conversar dentro do Consórcio Intermunicipal Grande ABC para saber qual é a opinião dos demais prefeitos da região. “Se todo mundo concordar em congelar, não vejo problema nenhum, mas vamos esperar”.
Traição
Paulo Serra voltou a afirmar que Carlos Grana “o traiu” ao não fazer mudanças dentro de seu governo para evitar que a gestão “fosse feita apenas para o PT”. “Eu avisei o Grana muitas vezes, mas ele não me ouviu e sabia que eu iria sair caso não houvesse mudanças. Eu nunca foi petista e não mudaria para me manter no governo. O Grana prometeu fazer um governo de coalizão e acabou fazendo um governo para o partido, um governo para o PT”, explicou.