O prefeito de Santo André e candidato à reeleição, Carlos Grana (PT), acusou a campanha de seu adversário Paulinho Serra (PSDB) de ser movida por ingratidão e mentira. Em entrevista ao RDTv, o petista questionou o discurso da “mudança” e do “novo” encampado pelo tucano.
“É um político que diz que é cara nova porém é velho nas práticas políticas. Em 12 anos de vida política, dois mandatos de vereador, em 8 anos e comigo quase três anos como secretário já mudou 4 vezes de partido político. Já foi do PFL, já foi do DEM, PSDB, PSD do Kassab e agora se entregou a esse projeto do PSDB pra ocupar a cidade com o PSDB”, afirmou o prefeito.
Na avaliação de Carlos Grana, parte das promessa de campanha apresentado por Paulinho são impossíveis de serem realizadas e não sairão do papel.
“Eu fico indignado com esse monte de promessas eleitorais porque o próprio candidato da oposição que era meu ex-secretário, sabe que é inexequível, sabe que está fazendo um monte de promessas que não são possíveis de serem realizadas”, afirma.
Para o prefeito, a “onda azul” – expressão usada por militantes do PSDB –, está mais para “onda cinzenta”. “Falar que vai ter o novo, mas com a mesma cara. Precisamos tomar muito cuidado”, alerta o petista.
Transporte e tamanho da máquina
Um dos assuntos abordados na entrevista foi a mobilidade, mais especificamente a operação da Suzantur no lugar da Expresso Guarará. Grana defendeu o contrato emergencial e avaliou que seu adversário não teria enfrentado a situação de “forma coerente e com firmeza”.
Grana evitou falar em “arrependimento” ao ter indicado Paulinho como secretário de Mobilidade, Obras e Serviços Públicos, mas relatou “divergências” que teve com o candidato na época em que ele ocupava o primeiro escalão.
Ele rebateu as acusações de que prefeitura teria um número exagerado de comissionados. “Temos pouco mais de 400”, garante o prefeito.
“No Semasa, entre pessoal indireto e direto – porque tem gente da coleta de lixo e varreção que são terceirizados -, temos 1.200 funcionários. Temos 16 cargos comissionados. Ou seja, ficar vendendo a ideia de que vai ter um choque de gestão que vai diminuir cargos comissionados, onde?”, afirma.