Tentando emplacar propostas mais “simplistas”, Clóvis Volpi (PSDB) afirma que continuará as obras que acontecem em Mauá caso seja eleito nas eleições do próximo mês. Em entrevista ao RDtv, o experiente político considera que atual crise de sua área força os postulantes ao Paço a criar propostas mais simples, principalmente nas áreas de saúde e educação.
“O momento político e econômico está muito difícil, as pessoas não tem mais crédito com os políticos, as pessoas duvidam as vezes de propostas então partimos para propostas simples. Não adianta mais o candidato achar que apresentar um documento bonito, uma revista enfeitada com algumas propostas que o público vai saber se aquilo é possível ou não”, afirmou o ex-vereador mauaense e ex-prefeito de Ribeirão Pires.
Volpi tem como primeira proposta a conclusão das obras da atual gestão comandada por Donisete Braga (PT), candidato a reeleição. O tucano afirma que pretende ter tal atitude sem reclamar ou sem criticar do que não foi feito nesta administração. Ao exemplificar, o prefeiturável afirmou que a cidade não precisa construir uma Unidade Básica de Saúde (UBS) à mais.
“Você não precisa ficar noticiando que vai abrir um hospital de Oncologia, hospital da mulher, não, você tem que fazer funcionar aquilo que você tem. Ampliar serviços naquilo que você já tem para diminuir custeios. Como é que você propõe coisas de alto custeio para a cidade sabendo que não vai ter dinheiro para custear tudo aquilo?”, questionou.
“Eu digo isso com muita clareza, queremos fazer o governo voltado para a felicidade da família, que neste momento é de extrema carência. O que ele precisa? Creche, pré-escola, ensino fundamental 1, posto de saúde com médico, remédio, atendimento, pronto-socorro que tenha na porta do hospital, que se ele precisar de exames emergenciais tem laboratórios de análises clínicas dentro do hospital, se você conseguir dar isso a família, você terá feito um grande governo”, explicou.
Com uma cidade de 62,29 km² de extensão territorial, Volpi considera que a cidade tem quer vista em três partes, assim criando três planos de governo para cada área. ” As necessidades da periferia para a periferia são totalmente diferentes das necessidades daqueles que vivem da área mais central e mais tradicional. Estamos fazendo exatamente isso, levar escolas, contar escolas aquelas famílias mais pobres que hoje tem 18 mil crianças fora da rede municipal de ensino da faixa de 1 ano a 5 anos da chamada pré escola. Mauá tem 500 mil habitantes tem apenas 42 escolas de educação infantil. Uma cidade semelhante como Mogi das Cruzes tem 120 escolas, eu só vou conseguir construir 10 escolas”, disse o candidato.
Questionado sobre a viabilidade de construir dez novos equipamentos para a educação, o tucano afirmou que o governo federal e estadual têm planos para está área e que isso pode ser usado para trazer as novas obras para a cidade.
“O governo federal e o governo estadual têm planos para desenvolvimento dessa área e o governo municipal tem que ter planos para desenvolver essa área. Até porque o Fundeb, que devolve o dinheiro, R$3.200 por ano, por criança que fica meio período na creche. O Fundeb de Mauá é 61 milhões só. O de Mogi é 180 milhões. Então o que você está fazendo? Você não está oferecendo vagas para as crianças você está perdendo recursos e não gerando empregos na área da educação”, afirmou.