A entrada mais utilizada para acessar o Parque do Pedroso, em Santo André, era a ponte de madeira localizada à frente do estacionamento da área de lazer. Desde que foi interditada, em meados no ano passado, a passagem continua sendo utilizada por munícipes que arriscam a vida atravessando a ponte só para não ter que dar a volta e pegar caminho mais longo. O RD flagrou uma família com criança atravessando a ponte, eles tiveram que se equilibrar para não cair no lago.
O comerciante João Antônio da Silva vende churrasco ao lado do estacionamento e diz que já cansou de ver pessoas ignorando a placa e atravessando a ponte. Ele afirma que a Prefeitura arrancou algumas tábuas para inibir a passagem, mas que é comum o tráfego no local. “As pessoas ficam perdidas, chegam aqui no estacionamento e a gente tem que avisar que a entrada não fica aqui. O pessoal não gosta de ter que entrar pela outra entrada. O povo vai e vem, pula por cima da ponte”, afirma.
Já a estudante Mônica Santos de Oliveira diz que a segurança do parque deixa a desejar. “Hoje mesmo eu vi um menino nadando no lago. E olha que tem seguranças (patrimoniais) aqui, mas eles ficam na parte de dentro. Ninguém fiscaliza o lago”, diz.
No dia 24 de abril deste ano um adolescente de 15 anos se afogou no lago do parque. Segundo testemunhas, ele saltou da ponte interditada e se aproximou de uma área funda do lago.
Andando no parque, facilmente são encontrados buracos nos caminhos para caminhadas e áreas de churrasqueiras com mesas quebradas. Os frequentadores do local reclamam de mato alto e condições precárias das quadras esportivas e playground.
Teleférico
Não é só a ponte que está sem utilidade, o antigo teleférico do local está desativado desde 1992. Há uma espécie de galpão com as estruturas do equipamento que estão enferrujadas. Inaugurado em 1982, o teleférico era um dos grandes destaques do parque. Até foi cogitado reforma no equipamento em 2008, mas o projeto, ao custo de R$ 7 milhões, não foi para frente.
Na época foi realizada a reforma no valor de R$ 2 milhões com duração de dez meses, período em que o parque ficou fechado ao público. O Semasa divulgou que não há projetos para a reativação do teleférico.
Com relação à manutenção do parque, o órgão afirma que a roçagem da parte interna do local é realizada diariamente, assim como serviços de limpeza, coleta de resíduos e varrição das áreas de visitação. Sobre a ponte a autarquia informa que “a licitação para a construção de nova passagem está em andamento”, porém não determina data para provável início das obras.
Ainda segundo o Semasa, além de o local estar sinalizado com placas que informam sobre o risco da travessia, “seguranças patrimoniais que trabalham no parque fazem fiscalização diária e acionam a Guarda Civil em caso de necessidade”.