“É bom esperar o mês de abril, mas tudo leva a crer que teremos um ano de 2016 muito semelhante ao ano de 2015, o que já é uma vitória se for ver outras cidades e outras regiões”, afirmou o secretário de Saúde de Santo André e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio Intermunicipal, Homero Nepumuceno, sobre o cenário da Dengue na região. A declaração foi feita após reunião do órgão regional nessa segunda-feira (11).
Sem detalhar os números, Homero considera que a região conseguiu conter o problema para que a doença não avançasse. “Nós tivemos números parecidos com os do ano passado que foi problemático. Nesse ano, o que nós conseguimos fazer foi conter essa situação para que ela não tivesse a magnitude que teve em outras regiões do Brasil e em outras cidades do interior de São Paulo. Considero que nosso trabalho tem sido bastante satisfatório nesse sentido, nós seguramos essa pressão. Não podemos cantar vitória ainda, porque ainda temos o mês de abril inteiro e o mês de maio, mas o trabalho tem dado resultado”, explicou.
Como justificativa da situação, o chefe da pasta andreense considera que a maior participação da população, principalmente com a recepção dos agentes de saúde nas residências e o aumento no número de agentes nas sete cidades e de mutirões ajudaram para que o cenário se mantivesse o mesmo em relação ao inicio de 2015.
Segundo o balanço feito pelo Consórcio até o dia 12 de março, no ABC houve 4.952 casos suspeitos, sendo que no ano passado os casos suspeitos chegaram a 5.559. Os números não estão completos, pois a Prefeitura de Diadema ainda não atualizou completamente os dados devido a atraso com as fichas e prontuários, mas segundo Homero, os números da cidade são parecidos com o do ano passado quando ocorreram 1.494 casos suspeitos.
Em relação aos casos confirmados, no ABC já são 127 casos autóctones (contraídos no próprio município), sendo 53 em São Bernardo, 22 em Santo André, 21 em Mauá, 16 em Diadema, 14 em São Caetano e um em Ribeirão Pires. Sobre o Zika Vírus, foram 32 casos suspeitos, sendo que a maioria (23) foram diagnosticados em São Bernardo. Sobre a febre chikungunya são 113 casos suspeitos. (Números do Consórcio Intermunicipal Grande ABC).