Nessa época do ano, em que os dias começam a ficar mais frios, os casos de gripe sempre aumentam e junto com ela vem uma outra preocupação, a pneumonia. Segundo a pneumologista Cristina de Mendonça Martins de Teixeira, do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André, 25% das ocorrências em forte grau da pneumonia podem causar a morte dos pacientes.
Parte desses aumentos se deve ao fato de que, no ano passado, a população deixou de se preocupar e que nas últimas semanas houve um surto da gripe H1N1. Na avaliação da pneumologista, isso ocorreu porque muitas pessoas achavam que a situação estava controlada. “No ano passado sobraram muitas vacinas por conta da diminuição dos casos”, relembra.
Cristina ainda explica que o público mais vulnerável à pneumonia são os extremos de idade e também as gestantes, que são, inclusive, o foco da campanha realizada pelo governo do Estado de São Paulo. Para evitar contrair a doença, é fundamental que as pessoas nessas idades sejam imunizadas contra a gripe, considerada a principal causa da pneumonia, e ainda deixem os locais bem ventilados, já que é comum fechar janelas e portas por conta do frio.
Muitas polêmicas surgiram no ano passado sobre a imunização dos idosos, até com o surgimento de rumores de que as doses “matavam velhinhos”. “Isso é uma besteira. As vacinas são feitas com fragmentos do vírus morto”, afirma Cristina, que ainda diz que a aplicação pode até gerar um pouco de mal estar e febre, mas nenhuma complicação que se assemelhe aos sintomas mais graves da gripe. “Não é nada que não possa ser resolvido com um analgésico”, diz a pneumologista.
Tratamento
A pneumonia não é uma doença que tenha, necessariamente, uma cura. Ela é uma doença que pode até passar sozinha, mas de acordo com Cristina, o paciente sofre bem mais e o adequado é que o tratamento seja feito com antibiótico e repouso.
No caso de pessoas com outros problemas de saúde, como diabetes, pressão alta ou problemas cardíacos, a preocupação é ainda maior, já que a pneumonia pode causar a descompensação deles. “Isso acontece porque a pneumonia causa a diminuição das nossas defesas e acúmulo de secreção, o que propicia a multiplicação de vírus e bactérias”, finaliza.