O ABC tem o maior número de beneficiados pelo Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Segundo informações do Ministério do Trabalho, a região é responsável por 20.349 beneficiados, o que equivale a 43,5% do total de empregos mantidos no Brasil entre agosto de 2015 e janeiro de 2016. Dos 86 acordos realizados até 21 de janeiro, 19 foram em cinco das sete cidades da região.
No Brasil foram beneficiados até o momento 46.829 trabalhadores, sendo 30.067 no Estado de São Paulo. Em relação ao número em reais a participação da região aumenta. No Brasil o acordo gerou R$ 130,8 milhões em benefícios, sendo que R$ 71,4 milhões no ABC (54,6%). Dos 19 acordos realizados, 11 aconteceram em São Bernardo, três em Santo André. Diadema e Rio Grande da Serra fizeram dois cada e Ribeirão Pires um acordo.
Dividindo por setor o automobilístico foi responsável por nove acordos, seguido pelo fabril com cinco, quatro na metalurgia e um no setor de serviços. A Volkswagen respondeu por três acordos (com 6.455 beneficiados e R$ 23,7 milhões). Na sequência vem a Ford, com duas adesões (com 3.238 beneficiados e R$ 10,8 milhões), e a Dura Automotive também com dois (229 beneficiados e R$ R$ 251 mil).
Mercedes-Benz
O maior acordo aconteceu na Mercedes-Benz, em São Bernardo. Em setembro do ano passado, a empresa garantiu o emprego de 8.964 funcionários, um acordo que gerou um total de benefícios de R$ 33,5 milhões. A média de duração dos contratos foi de 5,5 meses, um pouco abaixo da média nacional (5,6 meses).
O PPE vem com a perspectiva de reduzir o salário juntamente com a jornada de trabalho. Segundo o projeto do governo federal, a empresa pode reduzir a jornada de trabalho em até 30% com redução de 15% dos salários. O percentual é pago pela União por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador. A Rassini NHK Autopeças, de São Bernardo, foi a primeira empresa a aderir ao programa, ao beneficiar 551 trabalhadores (R$ 1,4 milhão). O acordo durou três meses.