Mantega: carga tributária de 2006 ficou em 34,5% do PIB

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a carga tributária de 2006 deve ter ficado “algo em torno de 34,5% do PIB”. Ele destacou que o número ainda não é oficial, porque a Receita Federal ainda está finalizando os cálculos. Mantega admitiu que o peso dos impostos ainda é elevado no Brasil, mas ponderou que o governo tem reduzido as taxas e já promoveu desonerações que somadas representam R$ 30 bilhões.

Ele também disse que embora o governo não dê como certa a aprovação da CPMF pelos parlamentares, seria “desastroso” se o tributo não fosse renovado. “Sem a CPMF teremos que rever investimentos, gastos e refazer planos”, disse.

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Segundo o ministro, a eliminação da CPMF não é o procedimento mais conveniente para reduzir a carga tributária. Ele disse preferir caminhar na direção da desoneração da folha de pagamento que continua na pauta do governo, mas sem prazo para uma definição.

Crescimento gradual

Mantega disse que é melhor ter um crescimento gradual, moderado e sólido, para que não seja preciso retroceder por problemas de estrangulamento na infra-estrutura. Dirigindo-se ao ex-ministro da Fazenda, deputado Antonio Palocci (PT-SP), presente à audiência, Mantega disse que ele, o ex-ministro, poderia ter feito o Brasil crescer 7%, porque o Estado tem poderes para isso colocando o pé no acelerador, como por exemplo, reduzindo juros. Mas, lembrou que o que foi feito foi um crescimento equilibrado para evitar estrangulamentos. Por isso reafirmou que é preciso cuidar da infra-estrutura.

Aéreo

O ministro afirmou que, se depender dele, não haverá contingenciamento de recursos para investimento na melhoria do sistema de tráfego aéreo do País. Pelo contrário – afirmou ele -, haverá apoio não só para o setor aéreo, mas também para os demais segmentos do setor de infra-estrutura.

Mantega disse que a expansão de 17% no tráfego aéreo do País registrado em 2007 “é espetacular”. Segundo ele, esse avanço é um bom sinal, mas traz problemas a serem enfrentados. A necessidade de investimentos em infra-estrutura foi um tema abordado pelo ministro da Fazenda em diversos momentos da audiência pública encerrada na Comissão de Fiscalização e Controle, na Câmara dos Deputados.

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