Queda dos juros no Brasil está lenta, diz Soros

O Brasil poderia crescer mais velozmente se os juros estivessem mais baixos, disse ontem o investidor George Soros, atualmente envolvido num projeto de US$ 900 milhões para produção de etanol no Brasil. “Acho que a redução dos juros tem sido muito lenta”, afirmou, pondo mais combustível no debate, às vésperas de mais uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Soros visitou ontem o ministro Guido Mantega no escritório paulista do Ministério da Fazenda. Mantega tem sido um crítico permanente da política de juros do Banco Central. Quanto à situação brasileira, foi a única ressalva do financista, conhecido internacionalmente como o homem que em 1992 dobrou o Banco da Inglaterra ao apostar contra a libra.

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Segundo ele, o Brasil tem hoje uma condição macroeconômica muito favorável e isso o torna atraente para os investidores estrangeiros. O orçamento, comentou, está “em muito boa forma”, sem que o superávit primário – o dinheiro poupado para o pagamento de juros – tenha caído como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), embora o governo tenha baixado sua meta fiscal para este ano.

Hoje de manhã, Soros será um dos expositores do Ethanol Summit, seminário de dois dias iniciado ontem e promovido pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica). Discutirá “respostas para o aquecimento global”, em sessão dirigida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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