Meirelles: reação no exterior é muito positiva ao Brasil

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que tem constatado uma reação muito positiva com o Brasil, nos contatos que vem mantendo nos últimos dias com analistas no exterior. Segundo ele, a melhora de fundamentos do País “claramente mostra que o Brasil está em uma trajetória de crescimento sustentado”. Meirelles concedeu entrevista à imprensa na Embaixada do Brasil em Londres.

Como fatores positivos da economia, Meirelles citou o controle inflacionário, o regime cambial flutuante e o fato de as reservas internacionais estarem em torno de US$ 120 bilhões. O presidente do BC disse também que os investidores encaram positivamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Estamos tendo uma demanda doméstica muito forte, liderada por um aumento na renda e também por pela expansão da base de crédito”, afirmou.

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Meirelles foi questionado sobre a intensa especulação nos últimos dias sobre uma eventual redução da alíquota dos depósitos compulsórios dos bancos, mas evitou comentar o tema. Questionado sobre se a inflação brasileira não estaria excessivamente baixa, ele disse que o regime de metas inflacionárias “está funcionando apropriadamente”. Ele ressaltou que a inflação está “bem dentro” da zona da meta. A meta central de inflação de 2007 é de 4,5%.

Custos das reservas

O presidente do BC disse que o resultado final entre custos e benefícios da política de fortalecimento das reservas internacionais brasileiras é positivo. Ele disse isso após ser questionado sobre os custos apontados por alguns analistas sobre a manutenção da atual estratégia para o câmbio do Banco Central.

“Não há dúvida que há custos para o carregamento das reservas”, afirmou. “Mas esta política também gera economias”, acrescentou. Ele salientou que o acúmulo de reservas diminui o prêmio de risco do Brasil, barateando o custo de financiamento para o Tesouro. Questionado se a atual política de fortalecimento das reservas vai continuar, Meirelles respondeu: “é claro que não podemos determinar o que vai acontecer no futuro”.

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