Simulado em Santo André movimentou 100 pessoas

Simulado de acidente, no Grand Plaza Shopping / Foto:FUABC/FMABC

Barulho de helicóptero, ambulâncias e de viaturas do Corpo de Bombeiros, e o trânsito, mais uma vez, complicado. Quem mora ou trabalha no centro de Santo André observou grande movimentação nesta segunda-feira (15), provocado pelo simulado de acidente com múltiplas vítimas, no Grand Plaza Shopping. A ação quis medir o grau de capacidade do município em atuar numa tragédia, como a ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

É claro que falta muito, até porque 242 jovens morreram e outras 116 ficaram feridos na grande catástrofe. Mas a iniciativa, que movimentou equipes de resgate, socorro médico, monitoramento de trânsito e de atendimento hospitalar, da iniciativa privada e pública, por si só, já valeu a pena, segundo os organizadores. “Deste simulado, podemos tirar algumas lições para que as equipes possam ser cada vez mais aprimoradas”, destacou Carlos Grana (PT), prefeito de Santo André.

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Ao todo, 25 vítimas fictícias encenaram crises de pânico e complicações médicas, em consequência da fumaça, gases e do desespero. O cenário foi de trabalho para 70 agentes de emergência, entre profissionais e estudantes de saúde, bombeiros e do equipes de trânsito e transporte urbano de Santo André.

Para Flávio Ayres de Santana, coordenador do Núcleo de Educação Permanente de Urgência do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192), de Santo André, o simulado permitiu maior entrosamento entre as equipes do SAMU e as redes municipal, estadual e privada para agir rapidamente durante um episódio real de acidente.

“Anualmente fazemos simulados, porém esta é a primeira vez que o treinamento ganhou proporções maiores e mais próximas do real”, disse o coordenador do SAMU, que utilizou duas ambulâncias básicas, uma avançada e duas motolâncias no atendimento e transporte das vítimas aos hospitais. O 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros participou com duas viaturas – um Auto Bomba e um Carro de Comando -, enquanto a Polícia Militar disponibilizou o helicóptero Águia.

Novidade foi o teste de equipamento de transmissão de dados sem fio pelos bombeiros. A nova tecnologia avisa as condições do prédio em chamas e a situação do bombeiro em atendimento para a corporação. “Se o agente fica parado 20 segundos, o sistema emite sinal de alarme”, contou Roberto Aboredo Sobrinho, comandante do Corpo de Bombeiros do ABC. O aparelho foi desenvolvido após a tragédia de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. 

(Colaborou Iara Voros) 

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