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Depois da crise hídrica em plena onda de calor, o prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), acompanhado por representantes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), anunciou, nesta sexta-feira (21/02), o retorno da normalidade no abastecimento de água na cidade. Agora o próximo passo do governo é calcular os custos que teve para cobrir os problemas da concessionária, a fim de cobrar o retorno desses valores. Enquanto isso, a gestão seguirá em alerta, segundo o podemista, pela manutenção do serviço.
Em uma semana com temperaturas acima dos 30ºC, muitos moradores da cidade tiveram que suportar a onda de calor com as torneiras secas, devido à falta do fornecimento de água. Muitas localidades da cidade, principalmente as regiões do Montanhão e Grande Alvarenga, passaram dias consecutivos com problemas no abastecimento, o que levou a Câmara dos Vereadores, durante sessão desta quarta-feira (19), e Marcelo Lima, a cobrar publicamente a Sabesp.
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Durante coletiva de imprensa realizada no gabinete, Marcelo Lima assegurou a normalização do serviço a partir desta sexta-feira. Participaram da agenda secretários municipais e representantes da Sabesp, entre eles o gerente do Departamento Operacional, Abiatar Oliveira. O motivo alegado para a falha na distribuição de água aos moradores da cidade foi uma manutenção pontual e corretiva, agora completamente finalizada, segundo a concessionária.
“Trabalhamos em conjunto com a Sabesp e tivemos uma parceria muito grande neste momento de desabastecimento. A Sabesp nos garantiu que, na manhã desta sexta-feira, o abastecimento de água estaria normalizado na cidade. Instauramos comitê de crise, encaminhamos caminhão-pipa a equipamentos públicos para socorro e criamos canal direto com os moradores. Deixar claro: entre Sabesp e população de São Bernardo, sempre vou ficar ao lado da população de São Bernardo, doa a quem doer”, enfatizou o prefeito.
O Comitê de Crise Hídrica citado por Marcelo Lima teve início na quarta-feira e foi oficializado na edição de sexta-feira no Diário Oficial do Município, composto pelo próprio prefeito, secretários municipais e representantes do Legislativo, podendo incluir também o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) e TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). Apesar da normalidade restabelecida, o grupo de trabalho seguirá ativo para acompanhar os desdobramentos da Sabesp.
Outra missão do comitê é levantar os valores que a Prefeitura de São Bernardo despendeu para cobrir a Sabesp durante o período de falta de água. O governo chegou a alugar cerca de 40 caminhões-pipa para amenizar os impactos na falha de fornecimento, gerando um custo aos cofres municipais não previsto e que poderia ser aplicado em outras áreas.
“Vamos discutir o ressarcimento de tudo que a Prefeitura colocou na prática para socorrer e ajudar na emergência. E os recursos municipais, de forma alguma, vai ser utilizado para abastecimento de água ou reparo por falta de água na cidade. Portanto, tudo que foi gasto do dinheiro do povo de São Bernardo será recompensado pela Sabesp”, apontou Marcelo Lima.
Entretanto, o desafio de manter o fornecimento de água em São Bernardo não foi apenas um problema pontual na última crise, visto que o RD já colheu depoimentos de moradores, apontando que se trata de uma situação crônica por parte da Sabesp. Durante um questionamento sobre a falta de água em bairros da cidade, a concessionária chegou a atrelar, em resposta oficial, que o motivo foi o alto consumo, o que é natural, se tratando de verão e em dias mais quentes.
“Calor, a gente tem todo ano, e elevado consumo durante o período de altas temperaturas é comum. Mas o que nós agora, neste gabinete de crise, estamos ainda em uma situação de monitoramento na cidade. A gente está analisando a causa da ocorrência para que isso não ocorra novamente. Se tem alta temperatura, vai ter mais consumo (de água), e a gente tem que entender o que ocorreu, com análise de causa, para que não venha acontecer novamente e isso vai ser tratado no comitê”, projetou Abiatar Oliveira.
O governo manterá seus canais de comunicação para receber reclamações dos munícipes sobre abastecimento de água, por meio do telefone 2630-4420. Os moradores também podem se manifestar pelas redes sociais da Prefeitura de São Bernardo e também do próprio prefeito Marcelo Lima.
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