
Pesquisas recentes têm demonstrado que o Alzheimer, doença neurodegenerativa tradicionalmente associada a fatores genéticos, também pode estar relacionado a hábitos de vida e alimentação, mesmo em indivíduos sem marcadores genéticos de predisposição.
De acordo com novas descobertas, fatores como o consumo excessivo de açúcar e uma dieta desequilibrada podem aumentar o risco de desenvolver a doença em longo prazo. A importância de manter uma alimentação saudável, especialmente com baixa ingestão de açúcar, tem ganhado destaque no cenário científico.
O médico e nutrólogo Pedro Davantel, especialista em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), afirma que “mesmo em pessoas sem predisposição genética ao Alzheimer, o consumo excessivo de açúcar, gera acúmulo de fatores de risco, como a obesidade, inflamação crônica e resistência à insulina, que associados comprometem a saúde do cérebro”. A nutrição adequada, com foco em alimentos de baixo índice glicêmico, pode ajudar a minimizar esses riscos. “O excesso de açúcar pode afetar a cognição mental, por acelerar os processos inflamatórios e oxidativos no cérebro, o que pode desencadear e acelerar o Alzheimer”, complementa.
Os novos estudos indicam ainda que, embora o fator genético seja importante, os hábitos de vida podem exercer uma influência significativa na prevenção do Alzheimer. Com isso, a busca por uma alimentação equilibrada e o controle da ingestão de açúcar tornam-se medidas valiosas para promover longevidade e manter a saúde cerebral, independentemente da predisposição genética.
O médico ressalta que manter uma dieta rica em vegetais, gorduras saudáveis e evitar o consumo excessivo de açúcares são medidas fundamentais na prevenção de doenças neurológicas, entre outras comorbidades.
Davantel ainda diz que os efeitos deletérios do açúcar são crônicos e podem se tornar irreversíveis e que os hábitos de vida saudável só funcionam se aplicados a longo prazo e com mudanças reais de estilo de vida. Essa mudança de vida como um todo precisa acontecer de forma sustentada para promover a desinflamação corporal, e gerar prevenção neurológica.
Por isso, o médico reforça a importância de buscar profissionais sérios que possam contribuir com orientação adequada e que a mudança de hábito não pode ser motivada por prazer, mas sim, é necessário se esforçar. “É uma decisão, pois um cérebro inflamado, gera alterações nos neurotransmissores de dopamina e serotonina, e mudar isso pode ser doloroso, por isso, é importante esforço e disciplina, para uma vida mais saudável”, ressalta.
Neste contexto, a indústria inova no desenvolvimento de produtos para ampliar as opções de alimentos mais saudáveis. Produtos com baixo teor de açúcar desempenham um papel importante ao oferecer alternativas de alimentos até sem açúcar, que auxiliam uma mudança de comportamento e consumo, não apenas para quem tem um risco de desenvolvimento da doença, mas para toda a família, o que contribui para um estilo de vida mais saudável.