Hoje, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) figura como a principal causa de morte entre os brasileiros. Essa doença pode acometer pessoas em qualquer faixa etária, até bebês, embora afete prioritariamente a população idosa do sexo masculino. Apesar do nome, a neurologista e coordenadora do Ambulatório Neurovascular da Faculdade de Medicina do ABC, Evelyn Pacheco, esclarece que não trata-se de um “acidente”, pois não acontece por acaso.
“90% dos casos são condições preveníveis”, alerta a médica. Isso envolve estilo de vida saudável, controle da pressão, diabetes, colesterol, etc. Em crianças e jovens, a doença está relacionada a condições genéticas, má formação cardíaca, etc. A neurologista aponta também um aumento nos casos graves entre pacientes mais jovens – na faixa dos 30 anos.
Existem dois tipos de AVC: Isquêmico e hemorrágico. Não é possível diferenciá-los apenas pelos sintomas, sendo necessário o encaminhamento ao ambiente hospitalar. Mas a médica revela que, “a esmagadora maioria é do tipo isquêmico – quando ocorre o entupimento da veia nutridora e o sangue não chega de forma adequada”. Os principais sinais do AVC estão relacionados a condições que causam perda de força, alteração de fala, dificuldade de compreensão – todas de forma aguda. “Quando isso for identificado tem que levar o quanto antes ao hospital”, indica Evelyn.
A médica explica que o atraso na chegada ao hospital é um dos principais fatores para um desfecho ruim. Para reverter este cenário é necessário mais abertura para falar sobre a doença e levar conhecimento à população – e este é um dos papeis da data celebrada em 29 de outubro.
Porém, o AVC tem tratamento sendo possível administrar medicações que possibilitem a reversão dos sintomas – desde que ministrada em até 4h30 após o início dos sintomas.