
As estratégias de enfrentamento ao novo coronavírus, o Covid-19, adotadas pelo governo federal, estados e municípios, são as mais diversas e na região a situação se repete; enquanto São Bernardo anuncia a suspensão das feiras livres desde esta sexta-feira (27/03), Santo André, que as havia suspendido na segunda-feira (23/03), anunciou que a partir de terça-feira (31/03) os feirantes estarão liberados para trabalhar desde que respeitem a distância entre as barracas e que adotem o protocolo de higienização. A medida segue decreto estadual.
Além de São Bernardo, em Mauá as feiras também estão proibidas de funcionar. Cerca de mil trabalhadores atuam em feiras no ABC.
O anúncio de Santo André foi feito pelo próprio prefeito Paulo Serra (PSDB) na noite desta sexta-feira em transmissão ao vivo em sua rede social. Apesar da liberação das barracas de feira, ele frisou: “a quarentena continua, não tem nenhuma determinação superior seja do governo federal ou do estado. Se alguém quiser afrouxar o isolamento que coloque no papel que a gente assume o risco junto”, disse o tucano. Em Santo André são 72 feiras livres, sendo que quatro são noturnas e duas são orgânicas. Segundo a prefeitura a o volume estimado de vendas mensais é de 3.000 toneladas de frutas, legumes e verduras.
Além de São Bernardo as feiras também estão proibidas de acontecer em Mauá, por decreto de calamidade pública assinado pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB). Na cidade são 135 feirantes.
Em Rio Grande da Serra as feiras livres não foram suspensas. A prefeitura informou que emitiu somente uma série de recomendações preventivas a serem seguidas pelos feirantes, como higienização constante com álcool em gel, uso de máscaras descartáveis, espaçamento mínimo entre barracas de 2 metros, entre outras.
São Caetano informou que está estudando o assunto, mas por enquanto as feiras funcionam na cidade. “Até o momento, as feiras livres em São Caetano permanecem em funcionamento normalizado. Entretanto, há estudos no sentido de verificar se há necessidade de fechar as feiras livres”, respondeu a prefeitura em nota.
As feiras livres de Ribeirão Pires foram suspensas por decreto do prefeito Adler Teixeira, o Kiko (PSDB), publicado no dia 21/03, porém o tucano concedeu autorização para os feirantes trabalharem do dia 24 até domingo (29), mas seguindo normas. Ribeirão Pires possui 70 feirantes cadastrados. Dentre as normas estão: não oferecer degustação de produtos; Retirar tendas, mesas e cadeiras para consumo de alimentos no local; barracas que oferecem alimentos como pastel e caldos de cana, devem vender apenas para viagem; utilizar álcool nas mãos, antes e depois de cada atendimento; manter distância de 2 metros entre as barracas; feirantes com mais de 60 anos, com doenças crônicas ou grávidas devem seguir as orientações do Governo estadual e federal; permanecer o maior tempo possível atrás da barraca, para manter distância segura durante o atendimento; disponibilizar ao cliente forma de higienização das mãos; sempre que possível, utilizar máscaras; solicitar aos clientes que manipulem apenas os alimentos que forem adquirir. “A prefeitura intensificará a fiscalização nestes dias e locais, para verificação do cumprimento das normas e eventuais orientações aos feirantes e clientes”, destacou a administração municipal.
Em Diadema as feiras também estão liberadas para funcionar. Na cidade são 25 feiras e 678 feirantes. A prefeitura também elaborou um manual de práticas para os comerciantes seguirem. “A Secretaria de Segurança Alimentar, visitou todas as feiras e orientou os permissionários quanto aos riscos do coronavírus. Foi recomendado que feirantes e trabalhadores, acima de 60 anos, permaneçam em quarentena, assim como, os que têm diabetes, problemas cardíacos, respiratórios e doenças autoimunes. Um folheto explicativo foi distribuído, com orientações, entre as quais: utilizar álcool gel 70gl, como lavar as mãos, manter a distância de segurança de 1,5 metro das pessoas e pedir para que o cliente não toque nos alimentos e mercadorias”, informou a prefeitura.