Considerado como a principal surpresa da eleição de 2016, Taka Yamauchi (PSD) coloca mais uma vez seu nome na disputa pelo comando da Prefeitura de Diadema, visando 2020. Em entrevista ao RDtv, na última sexta-feira (13), o atual secretário de Obras de Ribeirão Pires fez críticas à atual gestão de Lauro Michels (PV) e tenta se colocar como “alternativa” ao grupo do verde e o PT que gerenciou a cidade por 26 anos.
Os cerca de 20 km de distância entre sua residência, em Diadema, e o seu trabalho, em Ribeirão Pires, não estão atrapalhando o trabalho de Taka na busca de apoios para sua terceira tentativa eleitoral. Segundo o pré-candidato, já são 60 apoiadores no seu grupo denominado “Movimento do Bem”, que já conta com uma pré-coligação formada pelo PSD, o PTB e o MDB, sendo os dois últimos legendas que chegaram a ter participação no governo Michels.
“Sabemos quanto o processo eleitoral em Diadema é difícil. Ele é um processo bem truculento, mas queremos fazer isso de uma maneira com muita humildade, trazer essas respostas que as pessoas procuram, de trazer soluções para as pessoas, sempre com foco nas pessoas, no cidadão de bem para que possamos ser um motivo de vitória, de reversão de uma página tão danosa que a política de Diadema tem desde 1977 e que é composta por dois grupos políticos: que é os Michels e do PT. Diadema precisa dar uma oxigenada”, disse Yamauchi.
O político traz como referência a gestão do tio-avô do atual prefeito entre 1977 e 1982 (sendo que o mesmo já tinha chefiado o município entre 1964 e 1969) e o grupo petista formado por Gilson Menezes (pelo PT entre 1983 e 1988, e pelo PSB entre 1997 e 2000), José Augusto (1989-1992), José de Filippi Júnior (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008) e Mário Reali (2009-2012), além Lauro Michels Sobrinho que comanda a Prefeitura desde 2013.
Taka e Michels já foram colegas de partido, o PSDB. Enquanto Michels era reeleito vereador, o atual secretário de Ribeirão conquistava a terceira suplência com 990 votos. Quatro anos mais tarde, por outro grupo político, Yamauchi surpreendeu a todos conquistando 12,06% dos votos para prefeito (23.518 votos) e ficando em quarto lugar.
Desta vez, o engenheiro tenta novamente emplacar seu nome para o comando do Paço, mas tentando ficar fora de qualquer polarização ideológica. “Essa classificação de direita e esquerda está muito antiga, muito ultrapassada. Eu sou do lado da população, de entender as necessidades sociais, de avançar no desenvolvimento econômico”, explicou.
O lado financeiro da cidade é um dos focos de Taka que durante a entrevista afirmou que caso eleito, fará uma auditoria em todos os contratos feitos pela gestão para saber “para onde o dinheiro está vazando”. E criticou também o que considera que como uma “má gestão” na Saúde, mesmo com um número que considera suficiente de equipamentos.