O terceiro e último debate entre os candidatos a prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT) e Paulo Serra (PSDB), foi realizado pelo portal G1 na quarta-feira (26). Os prefeituráveis haviam se enfrentado na Rádio Bandeirantes no dia 17 e na Record News no dia 19.
Os candidatos repetiram parte da estratégia utilizada nos encontros anteriores. Grana reiterou por diversas vezes que Paulinho foi seu secretário. Por outro lado, Paulinho voltou a apostar no desgaste do PT para atingir o prefeito.
Primeiro bloco: adversários apontam mentiras
No primeiro bloco, Grana e Paulinho responderam a perguntas com temas sorteados na hora pelo mediador do debate, o repórter da TV Globo Tonico Ferreira. Eles falaram sobre Educação, Segurança, Orçamento e Saúde.
O tucano questionou o petista sobre qual seria o projeto para zerar a fila de espera para creches e criticou a atual gestão por não tirado projetos de construção de unidades do papel. Grana disse que criou 3 mil vagas e entregou cinco creches e também acusou o adversário de mentir por ter dito que as unidades do Jardim Santo André e Irene não tinham sido inauguradas.
Na área de segurança, Grana questionou a proposta do adversário de implantar a operação delegada. O petista chamou a ideia de “oficialização do bico” do policial militar. Paulinho acuso o prefeito de ter abandonado as rondas escolares e disse que não se pode transferir a responsabilidade da segurança somente para o Estado.
O candidato tucano criticou o que chamou de um modelo equivocado de dependência de recursos externos e disse que a atual gestão previu R$ 230 milhões do governo federal mas só recebeu R$ 23 milhões. Grana disse que o tucano é desinformado e mente. Paulinho disse que a mentira está no “DNA petista”.
Paulinho fez duras críticas à saúde de Santo André e convocou os moradores a visita o PA (Pronto Atendimento) Bangu. Grana afirmou que está em curso processo de digitalização do atendimento.
Segundo bloco: Mobilidade, água e troca de partido
No segundo bloco do debate do G1 os candidatos fizeram perguntas com tema livre. O primeiro a questionar foi Carlos Grana, que acusou o DEM – partido aliado de Paulinho – de tentar atrapalhar o serviço de transporte da Vila Luzita ao tentar impedir a operação da Suzantur. “Vocês tentaram dar um golpe em Santo André”, afirmou.
Paulinho disse que jamais ia colocar ônibus de Mauá para rodar em Santo André e rebateu: “Petista tem a mania de achar que tudo é golpe”.
O problema da falta d’água também foi debatido após pergunta feita pelo candidato tucano, que prometeu resolver o problema. Grana diz graças à sua ação, a Sabesp passou a enviar mais água para a cidade desde 1º de setembro.
O prefeito questionou as trocas de partido feitas por Paulinho ao longo de sua trajetória política. “Você ficou pulando de galho em galho”, criticou. “A diferença entre nós é que ele acha que ética está ligada ao partido em que você está”, retrucou o candidato tucano.
Terceiro bloco: cobrança de dívida
A geração de empregos e a cobranças de dívidas que munícipes têm com Santo André foram alguns dos temas debatidos no terceiro bloco. Grana prometeu ser “duro” na cobrança de empresários que devem para Santo André. “Serei implacável com relação aos devedores”, prometeu o prefeito. “Se você vai ser duro com os empresários é porque foi mole até agora”.
Paulinho disse que a cidade tem 70 mil desempregados. E Grana disse que entende de emprego por causa do histórico de sindicalista.
Quarto bloco: origem das verbas
No quatro bloco do debate do G1, Carlos Grana e Paulinho Serra responderam questionamentos de internautas. Uma das perguntas foi de onde os prefeituráveis tirariam dinheiro para realizar as promessas apresentadas na campanha.
“Me chamou a atenção uma afirmação do meu adversário de que ele vai realizar projeto de reurbanização na cidade sem lucros. Ele é economista e deve saber que isso não é possível porque isso vai consumir em torno de R$ 700 milhões. Orçamento de Santo André próprio é de R$ 1,2 bilhões. Esse tipo de promessa não será cumprida”, afirmou Grana.
“A gente não faz promessa, realmente. A gente assume compromisso, é diferente. Quem faz promessa é o velho político, é gente que está acostumado já, com o partido que só fez isso, enganou o Brasil, traiu o Brasil e traiu a cidade”, afirmou Paulinho Serra.