A crise econômica vem fazendo com que as arrecadações das Prefeituras sofram uma queda e assim gerando um “efeito dominó” na máquina pública. Apesar de concordarem com essa afirmação os presidentes de PT e PSDB em Santo André, Luiz Turno e Marcelo Chehade, respectivamente, divergiram da forma de sair do momento financeiro ruim durante o debate promovido pelo RD sobre o segundo turno das eleições municipais.
Questionados sobre os avanços da cidade nos últimos quatro anos, ambos concordaram que a crise atrapalhou a cidade, mas cada um defende uma saída diferente para o quadro andreense. Cofiando que o seu candidato, Paulo Serra (PSDB), vai conseguir trazer o empresariado, Chehade, afirma que a cidade ainda tem uma “esperança” para voltar a crescer.
“O que nós vemos em números, a cidade caiu em alguns itens nos últimos anos. Houve uma queda de arrecadação por causa da crise. Isso acontece, pois somos uma região extremamente industrial e de serviços terceirizados à indústria. Se você tem uma demissão na Volkswagen, uma demissão na Mercedes, firmas que vendiam peças para essas empresas também acabam diminuindo também sua produção e assim gera uma crise. Santo André vem passando dificuldades com alguns fornecedores, a cidade precisa passar por uma nova avaliação, um novo impulso e como eu digo uma nova esperança na cidade”, explicou.
Luiz Turco considera que os avanços já foram conquistados dentro do governo do atual prefeito Carlos Grana (PT) e fez uma comparação com outros governos para embasar sua afirmação. “O governo Carlos Grana já provou que é possível avançar, provamos na prática. O Marcelo está correto ao dizer que o país passa uma crise. Nós já tivemos a experiência do PT e do PSDB no Governo Federal. Nós temos hoje o PMDB em coalizão com o PSDB no Governo Federal e o PSDB no Governo Estadual. E é fácil de detectar, se pegar os investimentos do Governo do Estado na região do ABC, é pífio. Faz 20 anos que toda vez que tem eleição tem placa de inauguração do metrô. A única coisa que o Governo do Estado fez nos últimos quatro anos em Santo André foi o Poupatempo e isso só por causa do esforço do Governo Municipal”, afirmou.
Questionados sobre as diferenças entre os tipos de governo que cada projeto defende, ambos os dirigentes também colocaram como base a crise econômica que ocorre no país.
“É a esperança de Santo André voltar a crescer, Santo André voltar a gerar riquezas. Como outras cidades da Grande São Paulo, Santo André também perdeu muitos empregos por causa da crise econômica e nós temos alguns problemas de pagamento, para fazer o básico, ás vezes, que a população espera. Como parceiro do governo do Estado e o cenário de possível vitória, nós podemos fazer com que o Governo do Estado consiga fazer o Santo André voltar a crescer”, afirmou o tucano.
“Eu acredito que demos um importante passo dentro da administração do prefeito Carlos Grana. Nós administramos Santo André por 21 anos, o que aconteceu nos últimos 30 anos em Santo André, o que houve de avanços em políticas públicas, avanços sociais, desenvolvimento econômico e infraestrutura na cidade foram realizadas em governos do PT. Santo André já experimentou outros governos e creio que as pessoas de Santo André confiam nos nossos governos”, disse o petista.