A pedido do RD, os vereadores de São Bernardo, Julinho Fuzari (PPS) e Pery Cartola (PSDB), debateram sobre as propostas dos candidatos a prefeito Alex Manente (PPS) e Orlando Morando (PSDB). Durante o encontro que aconteceu nesta quinta-feira (20), ambos defenderam o enxugamento da máquina pública como a primeira questão a ser feita pelo novo prefeito a partir de 2017. Os dois oposicionistas também comentaram sobre os bastidores da CPI do Imasf.
Questionados sobre quais seriam as diferenças entre o governo do futuro prefeito em relação a gestão comandada por Luiz Marinho (PT), ambos afirmaram que seus candidatos defendem o enxugamento da máquina como um dos grandes pontos para desafogar a Prefeitura em meio a crise econômica que ocorre em todo o país.
“Estamos animados para fazer um choque de gestão, pois a máquina está muito inchada. Foram criados muitos cargos e não podemos ter uma máquina desse jeito. Outro foco é a geração de empregos na cidade. Não há dúvida que a cidade foi devastada pela política partidarista do Sindicato e do Partido dos Trabalhadores. O Orlando, como empresário, vai tentar trazer o maior número de empresas possível para movimentar a nossa cidade”, afirmou Cartola.
“O Alex fala da necessidade de enxugar a máquina pública. É o que tem que ser feito de imediato. Vamos diminuir o número de secretarias, vamos reduzir para dez secretarias. A atual administração criou algumas secretarias, por exemplo, antes tinha Educação e Cultura, e agora temos uma secretaria para Educação e outra para Cultura. Foram desmembradas várias secretarias e com isso foram criados alguns cargos como o secretário-adjunto. Nós vamos enxugar a máquina pública e diminuir o número de comissionados”, explicou Fuzari.
CPI do Imasf
Criticado por um internauta pelo apoio ao vereador José Cloves (PT) como presidente da CPI do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), Julinho Fuzari rebateu afirmando que usam da “velha política” para deturpar a história correta e explicou sobre o ocorrido no momento da votação.
“Tentamos um acordo para ter a presidência e a relatoria, mas não somos a maioria. Quando votei, eu era o penúltimo, o Cloves já estava eleito, meu voto não mudaria nada. O Pery sabe disso, estava lá. Quando foi a vez da relatoria acabei colocando o meu nome e considero que é o cargo mais importante, pois é aquele que vai gerar o relatório que será votado e que será entregue a justiça. O presidente apenas organiza os trabalhos, pois podemos chamar uma reunião tendo a assinatura da maioria”, explicou.
Cartola afirmou que não se sentiu bem com a atitude do colega. “Julinho e eu sempre tivemos juntos em todas as pautas. Umas eram minhas, outras deles, mas sempre estávamos lá, mesmo com as mudanças futuras que ocorreram (Pery era do PPS e depois foi para o Solidariedade). Só que dessa vez eu não entendi o que foi feito. Acho que ficou muito ruim, mas continuo respeitando o Julinho, pois nunca falei nada dele em lugar nenhum para denegrir, conheço ele bem e sei do seu trabalho na Câmara”, disse o tucano.