GM acaba com segundo turno e coloca mais 1.600 em layoff

Fábrica de São Caetano vai reduzir ainda mais a produção (Foto: GM Brasil)

A General Motors de São Caetano vai colocar 1.600 trabalhadores em regime de layoff (suspensão do contrato de trabalho) por cinco meses. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5). Sem perspectiva de melhora no desempenho das vendas de automóveis, a montadora também decidiu suspender temporariamente o funcionamento do segundo turno.

Outros 780 funcionários estão em layoff desde novembro de 2014 e tiveram a suspensão de contratos renovada por mais três meses. O total de funcionários que vai ficar em casa chega, portanto, a mais de 2.300 profissionais.

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“Apesar da suspensão temporária do segundo turno, o acordo foi positivo, porque evitou demissões”, avalia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

O layoff dos 1.600 metalúrgicos começa a valer na próxima quinta-feira (8). Nesta terça (6) e quarta (7) a produção será paralisada pois todos os funcionários da GM ganharão licença remunerada. O sindicato promoveu assembleia na tarde desta segunda-feira para apresentar o acordo para a categoria.

Ao contrário do que aconteceu em outras montadoras da região – como Volkswagen, Mercedes e Ford -, a General Motors não aderiu ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego). O próprio sindicato considera que esta alternativa não é a melhor saída para lidar com a crise na indústria automobilística.

“Fui contra o PPE desde o começo e continuo contra. O programa não dá a estabilidade adequada e reduz os salários, é uma situação pior do que adotar layoff”, avalia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva.

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