Sabesp começa a levar água da Billings para a Capital

Billings, que antes atendia três cidades do ABC, passar a abastecer também moradores da Zona Sul de São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou nesta segunda-feira (13) a levar água da represa Billings para a capital paulista. A empresa colocou em operação uma adutora de 2,1 km que liga o Rio Grande (braço limpo da Billings) a bairros da Zona Sul de São Paulo, na divisa com Diadema.

Cerca de 250 mil moradores de bairros da Capital, como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira, que antes eram atendidos pelo sistema Guarapiranga, agora recebem água do Rio Grande. A construção da adutora custou R$ 7,6 milhões. A realização da obra veio a público na primeira semana de março, quando um dos superintendentes da empresa participou de evento em Diadema.

Newsletter RD

A medida faz parte da estratégia do governo estadual para lidar com a crise hídrica e é reflexo da decisão de colocar a Billings como peça-chave para evitar colapso no abastecimento na Grande São Paulo. A represa que atende o ABC é a que está em melhor situação entre todos os mananciais que atendem a região metropolitana.

O Rio Grande, único braço da Billings utilizado para abastecimento, atende também as cidades de São Bernardo, Diadema e parte de Santo André. A Sabesp garante que os municípios da região não serão prejudicados com o envio de água para São Paulo.

Apesar de a manobra fazer com que 250 mil moradores da capital deixem de receber água do Guarapiranga, o principal objetivo da Sabesp ao tomar essa medida é socorrer outro sistema, o Cantareira, que segue no volume morto. Á água do Guarapiranga que deixará de ir às torneiras de moradores da Zona Sul será utilizada justamente para abastecer moradores que hoje dependem do Cantareira.

Níveis
De acordo com informações divulgadas pela Sabesp nesta segunda-feira, o Rio Grande está com 96,5% da capacidade. O sistema Rio Claro, que abastece 70% de Mauá, está com nível de 45,5%, enquanto o Alto Tietê – responsável por 30% de Mauá -, tem 22% da capacidade.

O Cantareira, que atende 6,2 milhões de pessoas (incluindo todos os moradores de São Caetano), tem 19,9% de capacidade, situação melhor do que o registrado há exato um ano.

NÍVEL DOS RESERVATÓRIOS – COMPARAÇÃO EM UM ANO

13/04/14          ||       13/04/15

Cantareira
12,1%                       19,9%

Alto Tietê
35,7%                        22%

Rio Grande
96,6%                        96,5%

Rio Claro
95,9%                        45,5%

Guarapiranga
77,6%                        83,6%

Alto Cotia
53,4%                        64,6%

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes