Alunos de Santo André começarão aulas sem uniforme

Pelo terceiro ano consecutivo, governo Grana não vai conseguir entregar uniformes antes do início das aulas

A secretaria da Educação de Santo André espera entregar em março deste ano os uniformes para alunos da rede municipal de ensino. Uma nova licitação vai definir a empresa que será responsável por distribuir os kits para os mais de 34 mil estudantes, que terão que ir às aulas com roupas próprias por pelo menos um mês. “Esperamos que no mês de março nossas crianças estejam com uniforme”, afirma o secretário de Educação de Santo André, Gilmar Silvério.

A expectativa do governo Carlos Grana (PT) é que a distribuição ocorra de forma tranquila, ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando diversos atrasos na entrega das roupas foram motivo de dor de cabeça para pais, alunos e professores.

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A Prefeitura contratou a Comesc Indústria e Comércio para confeccionar os uniformes em 2014 e 2015. No entanto, o contrato foi rompido por causa da demora na entrega. A empresa venceu a concorrência em fevereiro do ano passado e só foi entregar a totalidade dos kits no segundo semestre, depois de ter passados vários prazos que não foram cumpridos.

“Multamos a empresa em cerca R$ 500 mil porque ela não honrou com o contrato. Eliminamos essa empresa e estamos abrindo uma nova licitação”, revela o secretário de Educação de Santo André, Gilmar Silvério. “É inconcebível que uma empresa desse porte continue no mercado”, reclama.

O material escolar (composto por itens como caderno, caneta, lápis e massa de modelar), estará à disposição dos alunos já no 1º dia do ano letivo, porque a Prefeitura adquiriu todos os itens.

Histórico de problemas
Este será o terceiro ano consecutivo em que a prefeitura de Santo André não consegue entregar os uniformes antes do início das aulas. Em 2013, no primeiro ano da gestão Carlos Grana, os kits começaram a ser distribuídos em abril.

Para evitar que o atraso se repetisse no ano seguinte, a Prefeitura abriu uma nova licitação com antecedência, ainda em 2013. A ideia era que os alunos começassem o ano letivo de 2014 com os kits em mão, mas o plano não deu certo.

O primeiro impasse foi a decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de barrar o processo licitatório, atrasando a concorrência. Depois, a empresa que venceu o certame não cumpriu os prazos de entrega, o que provocou ainda mais atrasos. Em julho de 2014 apenas 40% dos kits tinham sido entregues.

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