Importância do empreendedorismo para economia

Paulo Marcelo Ribeiro é gerente regional do Sebrae-SP no ABC

É só andar pela cidade para perceber a força do empreendedorismo. Em um único quarteirão, encontramos um sem número de atividades: cabeleireiros, mecânicas, padarias, comércios de roupas masculinas e femininas, brechós, clínicas médicas e odontológicas, cartórios, lojas diversas. Nas escola e universidades o tema também está cada vez mais presente, os jovens cada vez mais sonham em ter sua própria empresa.

Essa realidade multifacetada, que percebemos nas ruas e avenidas de nossas cidades, representa para a economia brasileira a ponta do iceberg (para usar uma expressão “nova”).

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Pouca gente sabe, mas a micro e pequena empresa, o pequeno negócio, têm participação fundamental no PIB (Produto Interno Bruto). As MPEs representam 27% do PIB. Ou seja, um terço de nossa economia é alavancada pelo pequeno negócio.

Por isso, à frente do Escritório Regional do Sebrae no ABC, decidimos auxiliar prioritariamente alguns setores que passam por dificuldade, em razão da concorrência desleal com importados e também em decorrência de problemas de gestão. Eu me refiro aos setores da indústria metalmecânica, gráfica e têxteil, bem como no varejo de alimentação e serviços como o setor de beleza.

Recentemente, recebemos, aqui na nossa região, a Caravana da Simplificação, comandada pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (MPE), Guilherme Afif Domingos; e os principais dirigentes do Sebrae nacional e paulista. Em um evento que lotou o Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo, o ministro falou sobre as novas regras da Lei do Simples, que vão permitir o ingresso de 140 novas atividades da área de serviços neste regime tributário. A única condição para entrar no Simples será ter um faturamento anual máximo de R$ 3,6 milhões. Com a mudança, estima-se que mais de 450 mil empresas sejam beneficiadas a partir de 2015.

Dentre as mudanças que o novo Simples trará para o pequeno negócio, eu selecionaria três delas: regulamentação tributária, universalização da categoria e criação de cadastro único para as MPEs. Espera-se que, com a nova Lei do Simples, todo aquele “lixo burocrático”, na expressão do ministro Afif, seja retirado de sobre a cabeça do micro e pequeno empreendedor.

Precisamos favorecer os pequenos. São as nove milhões de micro e pequenas empresas que geram 52% dos empregos no Brasil. Não acredita? É fácil comprovar: bastar dar um passeio no centro de sua cidade.
Paulo Marcelo Ribeiro é gerente regional do Sebrae-SP no ABC

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