Eleições no Brasil e em São Paulo têm cenários opostos

Dilma ampliou vantagem; Marina está em queda; Aécio mantém esperança. Foto: Banco de Dados

As eleições deste ano têm cenários distintos quando se avalia a disputa nacional e a corrida pelo palácio dos Bandeirantes. A eleição para a presidência da República é uma das mais disputadas da história, com altos e baixos que há muito tempo não eram vistos.

Já a briga pelo comando do governo do Estado aconteceu com quase nenhuma alteração significativa de quadro, com Alckmin seguindo com tranquilidade rumo à reeleição.

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Caixinha de surpresas
Desde a retomada do período democrático, nunca se viu um cenário tão indefinido como o que se apresenta para a sucessão presidencial deste domingo (5). A poucos dias da decisão do eleitor, os três principais concorrentes chegam com condições de avançar e ganhar a corrida.

A atual presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, lidera com folga todas as pesquisas. A petista tem ainda a chance de vencer no primeiro turno, caso obtenha 50% dos votos válidos mais. O máximo que conseguiu até agora foi 47%, de acordo com a última pesquisa Ibope.

Marina Silva (PSB), que apareceu com um crescimento surpreendente na corrida eleitoral ao ser indicada para o lugar de Eduardo Campos (morto em um acidente aéreo em 13 de agosto), agora aparece em queda nas pesquisas, mas ainda é a que tem mais chance de chegar ao segundo turno, de acordo com as sondagens.

Aécio Neves (PSDB), que polarizava com Dilma a disputa até o ingresso de Marina, caiu nas pesquisas até o início do mês passado. Desde então tem apresentado uma rota de crescimento e chega com possibilidade de converter eleitores na reta final e abocanhar votos da mudança até então direcionados a Marina.

“É uma disputa interessante onde tudo pode acontecer. A morte de Eduardo mudou todas as estratégias e táticas dos candidatos”, explica o professor de Ética da Unicamp, Roberto Romano.

Disputa morna
Adversários de Geraldo Alckmin (PSDB) tinham a esperança que, após 20 anos de governos do PSDB, finalmente o partido desocuparia o Palácio dos Bandeirantes.

Umas das principais apostas dos opositores do tucano foi que a crise da água, que desde o final do ano passado tem causado dor de cabeça a moradores da região metropolitana e do interior, causaria danos nas intenções de votos do governador. Não causou.

Para a frustração de Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), o desempenho de Alckmin nas pesquisas não sofreu abalos desde que a campanha teve início. Em todos os levantamentos, Alckmin sempre apareceu como vencedor já no primeiro turno.

Paulo Skaf apostou com força nesta eleição. Presidente licenciado da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), está de olho no Palácio dos Bandeirantes desde que se filiou ao PMDB, em 2011.

Contratou o tarimbado marqueteiro Duda Mendonça e fez uma ampla aliança que permitiu ao peemedebista ter o maior tempo de TV – mais até do que Geraldo Alckmin.

Já o desempenho de Alexandre Padilha caminha para ser um dos piores da história do PT no Estado. Mesmo com o apoio do ex-presidente Lula, a campanha não deslanchou.

Pesou a tradicional rejeição do partido em território paulista e o fato de Skaf ter roubado votos do eleitor que não quer votar no PSDB.

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